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    Cidade de Londres começa a taxar carros poluentes nesta terça-feira (29)

    Em 2019, capital britânica tornou-se a primeira cidade do mundo a introduzir uma Zona de Emissões Ultra Baixas

    Olesya Dmitracovada CNN

    Se você dirigir um carro antigo e poluente em qualquer lugar de Londres, terá que pagar uma taxa de 12,50 libras (cerca de US$ 15 ou R$ 75) por dia.

    A medida entra em vigor nesta terça-feira (29) e determina a ampliação da Zona de Emissão Ultrabaixa (Ultra Low Emission Zone ou ULEZ, na sigla em inglês), para abranger distritos e subúrbios da cidade.

    Em 2019, a capital britânica tornou-se a primeira cidade do mundo a introduzir uma área que restringe emissões de CO2 24 horas por dia. Dentro da zona, os veículos devem cumprir padrões rigorosos de emissão ou serão taxados.

    A medida foi um aprimoramento de uma legislação de rodízio de 2003 que visava reduzir o congestionamento no centro de Londres. Em 2021, a ULEZ foi ampliada pela primeira vez.

    Contenção da poluição atmosférica

    “A poluição atmosférica ainda é muito alta, prejudicando permanentemente a saúde dos jovens londrinos e levando a milhares de mortes prematuras todos os anos”, disse o presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan, em novembro, quando anunciou a mais recente expansão.

    “Expandir a ULEZ em Londres significará que mais 5 milhões de pessoas poderão respirar um ar mais limpo e viver vidas mais saudáveis”, concluiu Khan.

    Nova York

    Nos Estados Unidos, a cidade de Nova York também tenta acompanhar a mudança por sustentabilidade.

    A governadora Kathy Hochul disse em junho que seria liberada a cobrança dos motoristas que entram no centro de Manhattan.

    Assim, Nova York poderá tornar-se a primeira cidade dos Estados Unidos a introduzir uma taxa do tipo, depois de mais de meio século de tentativas.

    A proposta é de que a cobrança varie de US$ 9 (R$ 47,62) a US$ 23 (R$ 121,68) nos horários de pico.

    O imposto foi projetado para reduzir o número de veículos que entram na zona de congestionamento da “cidade que nunca dorme” em pelo menos 10% todos os dias.

    Ao reduzir o congestionamento, também seriam diminuídas as emissões de carbono que aquecem o planeta e outras poluições.

    Contudo, o plano enfrenta um desafio jurídico. Em julho, Nova Jersey entrou com uma ação judicial contra o Departamento de Transportes dos EUA, que deu a aprovação final para a tarifação do congestionamento da cidade de Nova York.

    Controvérsias

    A expansão da ULEZ em Londres também tem sido controversa.

    A zona estimulou – e sobreviveu – a um desafio legal apresentado pelas autoridades locais em quatro bairros periféricos de Londres e num condado que faz fronteira com a cidade.

    A oposição à expansão dominou as eleições de julho para um novo membro do parlamento em Uxbridge, uma região na periferia oeste de Londres.

    O Partido Trabalhista de Khan perdeu por pouco a disputa pela vaga anteriormente ocupada pelo ex-primeiro-ministro conservador Boris Johnson.

    No início de agosto, Khan expandiu um programa de sucateamento para oferecer subsídios de até £ 2.000 (R$ 12.345,48) a cada londrino com um carro ou motocicleta que não cumpra os padrões da ULEZ.

    Veja também: Empresas devem zerar emissões de carbono até 2050

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