China quer gerar 12 milhões de empregos; metas econômicas trazem poucos detalhes
Autoridades de planejamento do gabinete não anunciaram detalhes sobre gastos nem outras iniciativas para reativar crescimento
Autoridades econômicas da China expressaram nesta segunda-feira (6) confiança de que cumprirão a meta de crescimento deste ano de “cerca de 5%”, ao gerar 12 milhões de novas vagas e encorajar os gastos dos consumidores, após o fim dos controles contra a Covid-19.
Autoridades de planejamento do gabinete não anunciaram detalhes sobre gastos nem outras iniciativas para reativar o crescimento, que desacelerou a 3% no ano passado, o segundo mais fraco em décadas.
Mas afirmaram que planejam uma série de medidas para cumprir as metas anunciadas no domingo (5) pelo premiê Li Keqiang de elevar a renda e encorajar a inovação.
Os esforços para impulsionar a economia chinesa têm implicações globais, após vendas fracas no varejo, em automóveis e no setor imobiliário conterem a demanda por importações.
O país é o maior mercado exportador para seus vizinhos asiáticos e uma fonte de receita importante para companhias ocidentais.
“Há muitos instrumentos de política na caixa de ferramentas”, afirmou o vice-presidente da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, Li Chunlin, em entrevista coletiva durante reunião da legislatura cerimonial da China.
O relatório de trabalho do premiê no domingo foi inusualmente breve, com poucos detalhes, o que sugere que o Partido Comunista deve aguardar até um novo premiê e os ministros do governo serem nomeados neste mês para anunciar outras mudanças em tributos, regulação e subsídios.
A meta de criação de empregos para este ano é de 12 milhões, superior à do ano passado, de 11 milhões, mas inferior aos 12,1 milhões de fato conseguidos em 2022, segundo Li.