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    China bloqueia centro logístico para conter Covid, e mercado teme por economia

    País enfrenta seu maior surto nacional da doença desde abril

    Laura Hedo CNN Business , Hong Kong

    A China bloqueou um importante centro de transporte no sul, enquanto o país enfrenta seu maior surto nacional de Covid desde abril.

    O bloqueio também segue o aumento de casos em Pequim, que registrou as primeiras mortes por Covid no país em quase seis meses.

    Nos últimos dias, a China começou a aliviar suas duras restrições à doença, que paralisaram os negócios locais e internacionais por meses. Mas os especialistas estão preocupados que a determinação de Pequim de reabrir o país possa enfraquecer agora, à medida que os casos aumentam novamente.

    Os mercados asiáticos e os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira (21), com os investidores preocupados com a perspectiva de a China endurecer novamente as regras da Covid .

    O índice Hang Seng (HSI) caiu até 3,4% pela manhã. Fechou em queda de 1,9%. O Xanghai Composite Index da China continental perdeu 0,4%.

    Os preços do petróleo também caíram, com os futuros do petróleo dos EUA caindo 0,4% no pregão asiático nesta segunda-feira. O petróleo Brent, referência global do petróleo, caiu 0,6%.

    Guangzhou, uma das maiores cidades da China com quase 19 milhões de habitantes, impôs um bloqueio de cinco dias no distrito de Baiyun, que abriga um dos aeroportos mais movimentados do país. Baiyun também é o distrito mais populoso de Guangzhou, abrigando 3,7 milhões de pessoas.

    As escolas serão fechadas, os serviços de transporte público serão suspensos e os residentes são aconselhados a ficar em casa, de acordo com um comunicado publicado pelo governo do distrito de Baiyun no WeChat na segunda-feira.

    O bloqueio ocorre quando Guangzhou luta para conter seu pior surto de Covid em três anos. Guangzhou registrou 8.181 casos no domingo, elevando o número total de infecções para mais de 80.000 desde 22 de outubro.

    Há temores crescentes de que as cidades estejam mais uma vez paralisadas nesta segunda maior economia do mundo.

    De Guangzhou, no sul, a Zhengzhou, na região central, o aumento de casos forçou os governos locais a intensificar os bloqueios nos últimos dias. A China registrou no domingo 26.824 novos casos em todo o país.

    Pequim, a capital do país, registrou três mortes por Covid no fim de semana. O distrito de Haidian da cidade cancelou as aulas presenciais, de acordo com um comunicado do governo distrital no domingo.

    Shijiazhuang, a maior cidade da província de Hebei, no norte, também reimpôs um bloqueio de cinco dias a partir desta segunda-feira, apenas alguns dias após afrouxar significativamente as regras da Covid.

    Os últimos surtos podem tornar mais difícil para a China relaxar de sua política de “covid zero” de quase três anos.

    Os mercados estão preocupados

    Em 11 de novembro, o governo central aliviou algumas de suas rígidas restrições à Covid.

    A medida alimentou as esperanças de que a China estivesse se afastando de sua abordagem draconiana de tolerância zero, que prejudicou sua economia e isolou amplamente o país do resto do mundo nos últimos anos.

    Os mercados se recuperaram após a mudança, com o índice Hang Seng de Hong Kong subindo 14% em três sessões e entrando em um mercado técnico em alta na última terça-feira.

    Mas os novos bloqueios atingiram o sentimento do mercado nesta segunda-feira.

    “O grande impulsionador do momento negativo imediato é o crescente desconforto de que a China não afrouxará as políticas de bloqueio da Covid porque as infecções estão aumentando novamente”, disse Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management.

    Os analistas do Goldman Sachs disseram que as últimas notícias sobre a gestão da Covid na China têm sido “confusas” para os investidores.

    “Nossa principal mensagem é que o primeiro estágio da reabertura pode ser confuso e acidentado, enquanto a recuperação após o obstáculo inicial pode ser muito acentuada”, acrescentaram, esperando que o crescimento do PIB da China acelere de 3% em 2022 para 4,5% em 2023.

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