China amplia investigação sobre laticínios da UE para incluir mais programas de subsídios
A União Europeia foi a segunda maior fonte de produtos lácteos da China, atrás apenas da Nova Zelândia, segundo dados da alfândega chinesa
A China disse nesta sexta-feira (22) que ampliaria o escopo de sua investigação antissubsídios sobre as importações de laticínios da União Europeia para incluir outros programas de subsídios do bloco, bem como os da Dinamarca, França, Itália e Holanda.
A segunda maior economia do mundo lançou uma investigação sobre as importações de alguns queijos, leite e creme de leite da UE em agosto, após o bloco ter imposto tarifas sobre veículos elétricos fabricados na China.
Novas tarifas da UE de até 45,3% sobre as importações de veículos elétricos chineses entraram em vigor em 30 de outubro, com a China pedindo a alguns governos de países da UE que pressionem a Comissão Europeia por uma solução aceitável para as indústrias de veículos elétricos de ambos os lados.
Na sexta-feira, o Ministério do Comércio da China disse que decidiu incluir perguntas sobre os programas de subsídios adicionais nos questionários enviados às empresas da UE como parte de sua investigação, após um pedido da indústria de laticínios chinesa.
A inclusão não abrange novos produtos lácteos e leva em consideração as alegações feitas por membros da UE e as consultas realizadas com representantes do bloco, segundo um comunicado.
“Em 19 de novembro, as autoridades investigadoras realizaram consultas com representantes da UE sobre os novos programas a serem adicionados”.
A União Europeia foi a segunda maior fonte de produtos lácteos da China, atrás apenas da Nova Zelândia, segundo dados da alfândega chinesa.
No ano passado, a China foi o segundo maior destino de leite em pó desnatado e o quarto de manteiga e leite em pó integral, segundo dados da UE.