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    Chefe do BC japonês pede desculpas por dizer que povo começa a aceitar alta de preços

    Fumio Kishida é alvo críticas crescentes para enfrentar o aumento dos custos de alimentos e combustível antes da eleição para a câmara alta no próximo mês

    Por Leika Kihara e Daniel Leussink, da Reuters

    O chefe do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, pediu desculpas nesta terça-feira (7) por afirmar na véspera que as famílias estavam se tornando mais receptivas aos aumentos de preços, o que provocou críticas e ressaltou a sensibilidade do público ao aumento do custo de vida.

    O comentário foi feito em um momento sensível para o governo do primeiro-ministro Fumio Kishida, alvo críticas crescentes para enfrentar o aumento dos custos de alimentos e combustível antes da eleição para a câmara alta no próximo mês.

    “Lamento que a expressão tenha causado algum mal-entendido”, disse Kuroda a repórteres, acrescentando que havia sido inapropriado para ele dizer que as famílias estavam se tornando mais receptivas aos aumentos de preços.

    Mais cedo, o legislador da oposição Kenji Katsube, um dos vários políticos que questionaram Kuroda no Parlamento, disse que a declaração do presidente do Banco do Japão mostrou que ele “não entende como o público se sente” sobre os aumentos de preços.

    Segundo a agência de notícias Kyodo, o ministro do Comércio, Koichi Hagiud, afirmou, em resposta às perguntas dos repórteres sobre o comentário: “Desvia um pouco da realidade”.

    A observação também provocou críticas nas mídias sociais, com respostas usando a hashtag “Não podemos aceitar aumentos de preços”.

    Um usuário escreveu: “Estamos comprando mercadorias porque são necessidades diárias, não porque estamos aceitando” preços mais altos.

    “Todos estão sofrendo.”

    Outro escreveu: “Somente pessoas ricas, como você, puderam poupar durante a pandemia do coronavírus”.

    Embora tenha admitido que suas palavras possam ter sido inadequadas, Kuroda disse que a observação se destinava a ajudar a explicar a necessidade de mais crescimento salarial.

    O núcleo dos preços ao consumidor no Japão subiu 2,1% em abril na base anual, excedendo a meta de inflação do banco central pela primeira vez em sete anos, devido principalmente ao aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis.

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