CEO do TikTok testemunhará perante Congresso dos EUA em março
Espera-se que Shou Zi Chew testemunhe sobre práticas de privacidade e segurança de dados da rede social
O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, testemunhará em uma próxima audiência perante o Comitê de Energia e Comércio da Câmara, confirmou um porta-voz do comitê à CNN nesta segunda-feira.
Chew será a única testemunha na audiência, marcada para 23 de março. Espera-se que ele testemunhe sobre as práticas de privacidade e segurança de dados do TikTok, seu impacto sobre os usuários jovens e sua “relação com o Partido Comunista Chinês”, de acordo com um anúncio de audiência no site da comissão.
“Deixamos nossas preocupações claras com o TikTok”, disse a presidente do comitê, a deputada republicana de Washington Cathy McMorris Rodgers, em um comunicado. “Agora é hora de continuar os esforços do comitê para responsabilizar a Big Tech, trazendo o TikTok perante o comitê para fornecer respostas completas e honestas para as pessoas.”
O próximo testemunho de Chew foi relatado pela primeira vez pelo The Wall Street Journal. O TikTok não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A audiência de alto nível ressalta o crescente risco político para o TikTok, à medida que suas negociações com o governo dos EUA sobre um acordo de segurança nacional continuem se arrastando.
As autoridades dos EUA levantaram preocupações de que a China possa usar suas leis para pressionar o TikTok ou seu pai, ByteDance, a entregar dados de usuários dos EUA que podem ser usados para fins de inteligência ou desinformação.
Essas preocupações levaram o governo dos EUA a banir o TikTok de dispositivos oficiais, e mais da metade dos estados dos EUA tomaram medidas semelhantes, segundo uma análise da CNN.
Chew, que assumiu o cargo de CEO do TikTok em abril de 2021, ficou fora dos holofotes em um momento em que o aplicativo que ele lidera parece não conseguir evitá-lo.
Membros do Congresso interrogaram anteriormente a COO do TikTok, Vanessa Pappas, indiscutivelmente a face pública da empresa nos Estados Unidos, durante uma audiência no Senado no ano passado.
