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    Canadá proíbe uso do Wechat em dispositivos do governo, citando riscos de segurança

    Em janeiro, governo do Canadá já havia proibido uso do TikTok em celulares do estado

    Juliana Liuda CNN , Hong Kong

    O Canadá proibiu o uso do aplicativo chinês WeChat em dispositivos oficiais do governo, citando riscos de segurança cibernética, após ação semelhante tomada contra a rede sociaçl TikTok no início de 2023.

    A última proibição, que entrou em vigor logo após ser anunciada na segunda-feira (30), também foi imposta a aplicativos da Kaspersky Lab, fabricante russa de programas antivírus.

    O diretor de informações do Canadá determinou que “o WeChat e [o] conjunto de aplicativos Kaspersky apresentam um nível inaceitável de risco à privacidade e à segurança”, disse o Conselho do Tesouro do Canadá, que supervisiona a administração pública, em um comunicado.

    Num dispositivo móvel, os métodos de recolhimento de dados de ambos os aplicativos proporcionam “acesso considerável” ao conteúdo do dispositivo, de acordo com o comunicado. O órgão canadense acrescentou que não há evidências de que informações do governo tenham sido comprometidas.

    Os celulares do governo do Canadá terão os aplicativos removidos e serão impedidos de baixá-los no futuro.

    A CNN entrou em contato com a Tencent, proprietária do Wechat, e com a Kaspersky Lab para comentar.

    WeChat é um dos aplicativos mais populares do mundo. Às vezes é descrito como Facebook, Twitter, Snapchat e PayPal, tudo em um.

    A rede social possui mais de bilhões de usuários, principalmente na China, onde usam o aplicativo para fazer praticamente tudo, desde encomendar compras, marcar uma aula de ioga ou até pagar contas.

    Em fevereiro, o governo canadense proibiu o TikTok, de propriedade da ByteDance, com sede em Pequim, de dispositivos móveis emitidos pelo governo devido a preocupações com segurança cibernética.

    Autoridades dos EUA e aliadas expressaram preocupação de que o TikTok ou a ByteDance possam ser solicitados pelo governo chinês a entregar as informações pessoais dos usuários da rede social.

    Um ex-funcionário da ByteDance, Yintao Yu, descreveu alegações específicas de que o Partido Comunista Chinês já havia acessado dados de usuários do TikTok em ampla escala para fins políticos.

    A alegação, que o TikTok contesta, foi feita em maio como parte de um caso de rescisão injusta na Califórnia.

    Em relação ao TikTok, o Wechat é um alvo menos atacado pelos governos globais, em parte porque é mais popular na China do que fora.

    Em agosto de 2020, o então presidente dos EUA, Donald Trump, tentou proibir o Wechat junto com o TikTok emitindo ordens executivas.

    Posteriormente, as proibições foram bloqueadas por uma liminar.

    O presidente Joe Biden acabou por revogar as ordens executivas da era Trump.

    Veja também: Em 2022, TikTok fez esforços para proibir postagens pagas sobre política

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