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    Calor aumentará demanda por energia; ONS afirma que cenário é seguro

    De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, região Norte deve representar maior aumento na demanda, com 10,6%.

    Luiz Cisida CNN , São Paulo

    A onda de calor que vem afetando boa parte do Brasil pode incidir diretamente na demanda por energia elétrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), é esperado um incremento na demanda, principalmente na região Norte, com um acréscimo de 10,6%.

    O Sudeste/Centro-Oeste deve registrar avanço de 6,1%, seguido pelo Nordeste, com 4,2%, e pelo Sul, com 3,8%. No entanto, a situação continua segura e favorável para atender às necessidades dos brasileiros.

    “Em termos de operação e atendimento da demanda seguimos preparados para atender a sociedade brasileira. O sistema é robusto, seguro e o cenário é favorável”, afirma Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve, mais uma vez, a bandeira tarifária verde para o mês de outubro, o que significa que não haverá custos extras nas contas de energia elétrica dos consumidores.

    Essa decisão vem acontecendo desde abril do ano passado, e a expectativa da Aneel é de continuar com a bandeira verde até o final do ano.

    Mesmo com a alta demanda por energia durante o calor, o preço mais barato da energia pode ser justificado por conta do alto nível nos reservatórios brasileiros.

    De acordo com o ONS, os reservatórios de água brasileiros devem encerrar o período seco com o nível mais alto dos últimos 14 anos, garantindo uma reserva hídrica substancial para enfrentar as demandas futuras.

    Ventilador e ar-condicionados ligados

    De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet), em outubro, a previsão do tempo indica que as temperaturas  devem ficar acima da média em grande parte do país, principalmente em áreas de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, onde os termômetros podem superar 29ºC.

    Em relação a precipitação, a previsão do instituto para as regiões Norte e Nordeste é de chuva abaixo da média histórica para o mês.

    Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica o retorno gradual da chuva, principalmente em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, com volumes inferiores a 160 mm.

    Nas demais áreas, a tendência é de chuva abaixo da média, principalmente no centro-norte de Minas Gerais, com acumulados inferiores a 100 mm.

    Na região Sul, há previsão de chuva acima da média, principalmente no centro-oeste do Rio Grande do Sul, parte central de Santa Catarina e extremo sul do Paraná, onde os volumes previstos podem superar 250 mm.

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