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    Brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em tributos em 2024, diz ACSP

    Para economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, esse avanço registrado 40 dias mais cedo acontece devido aumento da atividade econômica, renda e emprego, além do impacto da inflação e da reintegração do PIS/Cofins nos combustíveis

    Estadão Conteúdo

    Os contribuintes brasileiros já somaram R$ 2 trilhões em tributos aos governos federal, estadual e municipal desde o início deste ano, de acordo com o Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro histórico da capital paulista.

    A marca de R$ 2 trilhões foi atingida na manhã deste domingo (21). Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária.

    Segundo a ACSP, em igual período do ano passado, o Impostômetro havia alcançado o nível de R$ 1,7 trilhão, o que indica um crescimento de 17,6% nesta métrica.

    Para o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, esse avanço foi registrado 40 dias mais cedo neste ano, sob influência do aumento da atividade econômica, renda e emprego, além do impacto da inflação e da reintegração do PIS/Cofins nos combustíveis.

    “Nós temos um sistema tributário que taxa excessivamente o consumo, assim, na medida em que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce.

    Além disso, a elevação da atividade econômica tem um impacto positivo na arrecadação.

    Se esses dois fatores continuarem ocorrendo, que é o mais provável, a gente vai continuar tendo antecipação desse resultado de R$ 2 trilhões”, diz, em nota.

    De acordo com dados da ACSP, o Impostômetro atingiu, pela primeira vez, a marca de R$ 2 trilhões em impostos somente em 9 de dezembro de 2015.

    Em julho daquele ano, a ferramenta registrava R$ 1,1 trilhão em tributos pagos pelos brasileiros, o que representa um crescimento acumulado de 82%, na comparação com igual período de nove anos atrás.

    Para Ruiz de Gamboa, esse aumento está atrelado ao crescimento da atividade econômica e ao aumento dos preços.

    “Nossa carga tributária é comparável à da Grã-Bretanha, embora nossa renda por habitante seja significativamente inferior. Portanto, pagamos uma carga tributária desproporcional ao nosso nível de desenvolvimento econômico, o que acaba por sufocar o potencial de expansão da economia”, avalia.

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