Brasil vai sediar em novembro Cúpula Social do Mercosul
Edição de 2023 pretende ampliar a participação de outras nações


O Brasil vai sediar em novembro a Cúpula Social do Mercosul. O evento estava suspenso havia sete anos.
No primeiro semestre chegou a ter uma edição virtual, realizada pela Argentina. Agora, no período em que o Brasil ocupa a presidência pro-tempore do bloco, o encontro voltará a ser feito de forma ampla e presencial.
Esta será a segunda vez que o Brasil vai sediar a Cúpula Social. A primeira foi em 2008, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na época, o evento foi realizado em Curitiba, no Paraná. Representantes de 12 países da América do Sul debateram temas como aquecimento global, democratização dos meios de comunicação e economia solidária.
A edição de 2023 pretende ampliar a participação de outras nações. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, não há, por ora, definição quanto aos chefes de Estado extrarregionais que irão participar do evento.
No entanto, a CNN apurou junto a integrantes do governo que um dos convidados será o presidente da França, Emmanuel Macron, que responde pela Guiana Francesa.
Com a retomada da Cúpula Social, o Mercosul pretende associar o papel econômico do bloco às políticas de desenvolvimento social e integração na região. Questões políticas também devem ser discutidas.
“O foco da Cúpula Social é a participação da sociedade civil e de organizações não governamentais”, explicou a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Ainda segundo a pasta, o local e data exata da Cúpula serão definidos nos próximos dias. Assim como os eixos temáticos das discussões.
“O evento será estruturado em três grandes eixos. Um deles é o fortalecimento da participação social nos grupos de trabalho do Mercosul, por meio do envolvimento dos diversos ministérios que coordenam cada uma dessas agendas e o apoio para assegurar que a sociedade civil tenha o devido espaço e possa influenciar nas decisões”, completou.
Economia
Em dezembro, o Brasil sediará outro grande evento do bloco: a Cúpula de Líderes do Mercosul, em que a presidência é repassada a outro país. Neste encontro, mais voltado para as questões comerciais, a expectativa é de que o acordo com a União Europeia em negociação há 23 anos seja assinado.
O tema é tido como prioritário pelo Palácio do Planalto.
“Estou comprometido com a conclusão do acordo com a União Europeia, que deve ser equilibrado e assegurar o espaço necessário para adoção de políticas públicas em prol da integração produtiva e da reindustrialização”, afirmou o presidente Lula em julho.
“O Instrumento Adicional apresentado pela União Europeia em março é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções”.
Outro ponto esperado é o avanço nas negociações para que a Venezuela retorne ao grupo.
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