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    Brasil tem melhora em classificação de risco para empresas, diz estudo

    Dominância econômica na região, indicadores econômicos positivos, desempenho agrícola robusto e crescimento da produção de energia foram citados pela Allianz Trade

    Patrick Fuentescolaboração para a CNN , São Paulo

    O Brasil é classificado como um país de risco médio para investidores e empresas, de acordo com estudo da Allianz Trade publicado na segunda-feira (3).

    Em 2024, o país saiu da posição B3 para B2, o que representa risco médio. A classificação conta também com os níveis A1, A2 (risco baixo) e AA1, AA2 (risco muito baixo). Também existem os países com risco sensível (C1 e C2) e risco alto (D1 a D4).

    O Atlas Mundial de Risco-País classifica o risco de inadimplência de empresas em um determinado país. A avaliação decorre de condições ou eventos fora do controle das companhias.

    No ano passado, o Brasil teve uma melhora no cenário devido à dominância econômica na região, indicadores econômicos positivos, desempenho agrícola robusto e crescimento da produção de energia.

    Dentre os indicadores econômicos, a pesquisa destacou o mercado de trabalho aquecido e o forte aumento gastos do consumidor, que sustentaram o recente crescimento.

    Entre os fatores que impendem a melhora do Brasil na classificação, o relatório reforça que os principais fatores que comprometem a classificação são:

    • Dívida pública em alta, prevista para se aproximar de 90% do PIB em meio a condições de financiamento mais rígidas.
    • Dependência dos preços internacionais de commodities, em um cenário de inflação e câmbio ainda voláteis.
    • Interferência política e falta de disciplina fiscal, afetando a confiança dos investidores.

    Cenário Global

    No geral, 2024 representou uma melhora significativa na relação risco-país, com 48 países reavaliados de forma positiva.

    Todos os 13 países da América Latina receberam melhorias em suas classificações, também sendo a região com maior número de avaliações positivas, seguida da Europa Emergente (10) e Ásia-Pacífico (9).

    Somente cinco economias foram rebaixadas, sendo majoritariamente do Oriente Médio, com Bahrein, Israel e Kuwait.

    A queda na avaliação é resultado das tensões prolongadas na região e da pressão causada pelos preços do petróleo bruto.

    A tendência para 2025, que herda um cenário positivo, pode ser revertida de acordo com tensões geopolíticas e financeiras esperadas para os próximos meses, diz Aylin Somersan Coqui, CEO da Allianz Trade.

    Entre os fatores estão a desaceleração da inflação, a recuperação dos fluxos de crédito e a melhoria das condições de liquidez.

    Contudo, a tendência positiva poderia ser facilmente revertida em 2025 e 2026, com fraturas geoeconômicas pesando sobre a confiança das empresas e do comércio.

    “As empresas devem estar atentas às suas estratégias de crescimento no contexto das tensões geopolíticas e crescente onda de protecionismo. É provável que as cadeias de suprimentos se tornem ainda mais complexas”, afirma o CEO.

    Coqui ressalta que a fragilidade da maioria das reclassificações feitas está baseada em indicadores de curto prazo.

    Além disso, o Atlas Mundial de Risco-País aponta para riscos de guerra comercial e aumento da polarização nos mercados avançados e emergentes como causas de piora nos riscos.

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