Brasil precisa de cortes de gastos “espinhosos” para ir ao “clube dos ricos”, diz Salto à CNN
Agenda inclui, segundo economista, debates sobre desindexação do mínimo e desvinculação de saúde e educação
O economista-chefe da Warren, Felipe Salto, defendeu em entrevista à CNN nesta sexta-feira (17) que o Brasil precisa enfrentar “agenda espinhosa” de corte de gastos para destravar o crescimento de sua economia.
“Há uma agenda espinhosa a ser enfrentada”, disse no evento 30 Anos do Plano Real, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em São Paulo.
Esta agenda inclui, segundo o economista, a desindexação de benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC, a antiga aposentadoria por invalidez), abono salarial, seguro-desemprego, entre outros.
Cálculos indicam que esta medida poderia gerar economia de R$ 35 bilhões. Cada R$ 1 de elevação no mínimo resulta em gasto extra anual de R$ 469 milhões.
Também foi mencionada por Salto a possibilidade de mudança nas vinculações dos gastos de saúde e educação — que caso abandonassem as regras atuais e adotasse a correção pela inflação trariam economia de R$ 25 bilhões.
“Me parece que a celebração dos 30 anos do Real tem de ensejar um debate sobre a reforma orçamentária, os desafios do lado da despesa pública, da eficiência do gasto. São temas espinhosos, mas precisamos disso para passar para o clube dos ricos”, disse.
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