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    Brasil perdeu mais de R$ 16 bilhões em capital humano durante a pandemia

    Estimativa é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE)

    Isabelle Resendeda CNN no Rio de Janeiro

    Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que, com a morte de mais de 650 mil pessoas em decorrência da Covid-19, o Brasil tenha perdido mais de R$ 16 bilhões em capital humano nos dois primeiros anos da pandemia.

    De acordo com economistas, capital humano é o conjunto de conhecimentos e habilidades adquiridos ao longo da vida.

    Para calcular essas estimativas os economistas da FGV utilizaram as médias de renda salarial e dos anos de educação formal. Além de calcular as perdas, os especialistas ainda projetaram o quanto as 326,3 mil pessoas, com idades entre 20 e 69 anos, poderiam ser úteis à sociedade brasileira produzindo e gerando renda.

    De acordo com o estudo, se for considerada a massa de rendimentos mensais das 326,3 mil pessoas mortas no Brasil pela doença no país, com idades entre 20 e 69 anos, a perda foi de R$ 754,3 milhões. O que, ao final de um ano, corresponderia a R$ 9,1 bilhões.

    Segundo os cálculos feitos pelo IBRE, no acumulado de dois anos de pandemia 27,4% das mortes de brasileiros ocorreram no estado de São Paulo (176,7 mil) e 11,2% das mortes foram registradas no estado do Rio de Janeiro (72,5 mil).

    Em São Paulo, considerando a massa de rendimentos mensais total das 88,8 mil pessoas que morreram em decorrência da Covid-19, com idades entre 20 e 69 anos, a perda foi de R$ 236,6 milhões. No período de um ano essa perda corresponde a R$ 2,8 bilhão.

    Já no Rio de Janeiro, a perda equivale a R$ 80,3 milhões, levando em conta a massa de rendimentos mensais total das 37,7 mil pessoas falecidas, com idades entre 20 e 69 anos.

    Ou seja, 42% da renda perdida pela morte de brasileiros, entre 20 e 69 anos, corresponde aos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

    O estudo traz ainda o cálculo estimado de quanto as pessoas mortas pela doença ainda poderiam produzir e gerar de rendimento dada a expectativa de vida.

    Segundo os especialistas, as 326,3 mil pessoas mortas com idade entre 20 e 69 anos, no Brasil, teriam um rendimento total de R$ 285,9 bilhões até a data do óbito.

    Para o economista da FGV, Cláudio Considera, essas mortes poderiam ter sido evitadas se o Governo Brasileiro tivesse sido capaz de fazer campanha de prevenção. Somente com o fim da pandemia é que a economia poderá se recuperar.

    “Felizmente, o processo de vacinação avançou bem no Brasil e no mundo em 2021, apesar do atraso inicial por aqui e de todos os problemas que ocorreram sobre isso. Somente com o fim da pandemia, que esperamos ocorrer logo, é que a economia poderá ter uma recuperação completa”.

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