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    Brasil perdeu 826 mil postos de empregos do lar na pandemia, diz estudo

    Levantamento do Instituto Doméstica Legal aponta que o setor foi mais afetado nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro

    Rayane RochaRafaella Balieiroda CNN , no Rio de Janeiro

    Com a pandemia da Covid-19, o Brasil perdeu 826 mil vagas de empregos do lar. Um levantamento do Instituto Doméstica Legal mostra que, juntos, São Paulo e Rio de Janeiro representam uma perda de mais de 340 mil postos no setor entre 2020 e 2021. De acordo com o estudo, os dois estados puxam o índice para cima, representando 41,2% do resultado.

    Para solucionar o problema, o instituto alegou que um incentivo do governo federal para a geração de empregos para a categoria é fundamental. A CNN entrou em contato com o Ministério do Trabalho e Previdência e aguarda um posicionamento da pasta sobre o assunto.

    Na mesma linha, os dados mostram que a informalidade também registrou aumento nos últimos dois anos no país entre os trabalhadores do lar. Apesar de sutil, o número passou de 71,39% em 2019 para 75,64% este ano. Esse cenário representa uma alta de 4,25%. Rio de Janeiro e São Paulo estão acima da média nacional, com índices de 5,6% e 5,5%, respectivamente.

    O presidente do Instituto Doméstica Legal, Mario Avelino, alerta que as condições dos trabalhadores do lar poderiam ter sido amenizadas com políticas públicas. “Temos três Projetos de Lei que criam estímulos as melhorias do emprego do lar, mas infelizmente estão parados no Congresso Nacional”, afirma.

    Uma pesquisa inédita da Fundação Getúlio Vargas Social, a FGV Social, indicou que além da perda de ocupação, esses trabalhadores sofreram com redução salarial e de jornada de trabalho, por conta dos efeitos da Covid-19. A análise revela que esses trabalhadores passaram a ganhar 16,49% menos por hora de trabalho, entre 2019 e 2021.

    “Os serviços do lar, pela sua natureza, foram mais afetados pela necessidade de isolamento social. O primeiro impacto foi sobre a ocupação e depois sobre os rendimentos”, afirma o economista da FGV, Marcelo Neri.

    Por outro lado, cerca de 9,9% dos trabalhadores analisados apresentaram maior grau de escolaridade. De acordo com especialistas, o número representa uma migração de pessoas mais escolarizadas, em termos relativos, para o setor.

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