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    Brasil gera mais de 2 milhões de vagas temporárias em 2020

    Pelo menos 65% das contratações temporárias do ano passado vieram do setor da indústria

    Alessandra Ferreira, da CNN Brasil

    Um levantamento da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) mostra que o número de contratações temporárias no país chegou a 2.002.920 em 2020. Trata-se de um aumento de 34,8% em relação a 2019, quando foram geradas 1.485.877 vagas temporárias. O dado foi antecipado com exclusividade à CNN Rádio.

    Pelo menos 65% das contratações temporárias do ano passado vieram do setor da indústria para atender à demanda de segmentos como alimentos, farmacêutica, embalagens, metalúrgica, mineração, automobilística, agronegócio e óleo e gás. Outros 25% vieram do setor de serviços, e outros 10%, do comércio.

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    De acordo com o presidente da Asserttem, Marcos de Abreu, os dados são diferentes de anos anteriores, já que, historicamente, o comércio é o setor que puxa as contratações temporárias. Desta vez, no entanto, ele apresentou uma queda no número em razão do impacto da Covid-19 e do aumento do uso do comércio eletrônico.

    Em 2020, ano da pandemia, a indústria se apoiou na modalidade de contratação temporária como uma forma de repor o quadro de funcionários, afetado pelo período.

    Durante o mês de dezembro, foram criadas 151.620 vagas temporárias por mês, superando em 54,7% a projeção da Asserttem. Houve um crescimento de 6,37% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os resultados de 2020 representam o maior patamar já registrado desde o início da série histórica da Associação Brasileira do Trabalho Temporário, iniciada em 2014. 

    O presidente da Asserttem, Marcos de Abreu, reforça o papel que o Trabalho Temporário vem desempenhando no país durante a pandemia, como uma solução para a sobrevivência das empresas e como forma de combate ao desemprego. 

    Para 2021, a expectativa da associação é que as contratações temporárias continuem em alta e sejam uma alternativa para que as empresas continuem no mercado.  

    Segundo ele, diante das incertezas, o setor privado busca opções formais para contratar trabalhadores, preservando direitos, mas com fôlego suficiente para acompanhar a oscilação da economia. 

    “Neste cenário, o trabalho temporário se mostra como a melhor modalidade de contratação, já que confere maior flexibilidade de gestão às empresas enquanto os trabalhadores, que têm seus direitos respeitados, podem adquirir mais conhecimentos e ter novas experiências no mercado de trabalho, o que potencializa sua recolocação em uma eventual vaga permanente”, conclui.

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