Brasil criou mais de 184 mil empregos com carteira assinada em março
Resultado de 1.608.007 admissões e 1.423.867 desligamentos, o número é 53,4% menor que as mais de 395 mil vagas abertas em fevereiro
Apesar de ter desacelerado, o mercado de trabalho formal ainda registrou saldo positivo em março, com a criação de 184.140 empregos com carteira assinada no país.
Resultado de 1.608.007 admissões e 1.423.867 desligamentos, o número é 53,4% menor que as mais de 395 mil vagas abertas em fevereiro (total revisado), quando o resultado foi recorde histórico.
Os números foram divulgados pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia nesta quarta-feira (28).
No primeiro trimestre do ano, o Brasil acumula criação de 837.074 vagas de trabalho formal, quase oito vezes o registrado no mesmo período do ano passado.
“É um número forte, ainda mais pensando que é um tipo de emprego que olha a longo prazo. Mas vai continuar pairando algumas dívidas em relação aos números do Caged, que não estão mais batendo com outros dados como a Pnad e o IBC-Br”, diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. “O BEm deve ajudar a segurar as demissões, e isso tende a melhorar os dados do Caged nos próximos meses.”
Serviços puxa de novo
Tanto no trimestre como no resultado mensal, o saldo foi puxado pelo setor de serviços, que sozinho criou 95.553 empregos em março e 341.246 no acumulado dos três primeiros meses. Os números surpreendem, já que o setor é um dos mais afetados pelas medidas de distanciamento social.
Os demais setores da atividade econômica também registraram saldo positivo em março e no acumulado do ano. Os menores saldos foram na agropecuária, setor que liderou a criação de empregos formais no ano passado, com 3.535 e 60.575 vagas em março e no primeiro trimestre, respectivamente.
Garantia de emprego
De acordo com o ministério da Economia, 3.152.722 trabalhadores tiveram seu emprego garantido em março por conta de acordo realizado em 2020 por meio do programa de proteção e manutenção do emprego, o BEm.
Considerado bem-sucedido para a preservação do emprego em meio à crise econômica, o BEm será reeditado. No ano passado, 9.849.114 trabalhadores realizaram 20.120.310 acordos. Destes, 8.765.794 foram de suspensão e 11.171.947 foram de redução de jornada e salários. Os outros 182.569 são de trabalho intermitente.