Boris Casoy: Preço da gasolina é altamente desgastante para Bolsonaro
No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (11), o jornalista Boris Casoy falou sobre possibilidade de manobras para conter o avanço no valor dos combustíveis no Brasil
No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (11), o jornalista Boris Casoy conversou sobre a fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que afirmou que a PEC dos combustíveis não é o foco no momento para conter a alta no preço dos combustíveis.
Pacheco argumentou que existem duas propostas em tramitação no Senado que podem estabelecer condições interessantes para fazer frente ao aumento. “São duas linhas de trabalho, dois projetos. Um projeto de lei complementar e um projeto de lei ordinária. E nossa intenção é pautá-los na semana que vem no plenário do Senado federal”, disse.
Para Boris Casoy, as PECs possuem uma série de regulações que as tornam demoradas. Ele também destacou que, entre os projetos de lei já apresentados, todos mexem com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o que atingiria diretamente os governadores de cada estado e do Distrito Federal. “São fórmulas complicadas onde incide o ICMS.”
“Você ouve, ouve e ouve os projetos, e aí vem o sindicato dos proprietários de postos falando que não vai adiantar nada, que o ganho é pequeno. O barateamento é muito pequeno e não vai chegar aos postos. Durma-se com um barulho desses”, afirmou.
O comentarista também ressaltou que a atual situação preocupa o governo, considerando como “altamente desgastante” para o presidente Jair Bolsonaro (PL) o preço da gasolina e do diesel que chega aos consumidores.
“Tenho a impressão de que vão buscar uma fórmula até certo ponto palatável e que traga algum prejuízo ao governo. Mas é preciso conseguir uma fórmula equilibrada. O que notei, durante todo o dia de ontem [quinta-feira], é que os setores ligados ao governo realmente buscam uma contemporização com essa questão dos combustíveis”, concluiu.
Proteção de dados
O Congresso Nacional promulgou a PEC que inclui a proteção de dados pessoais entre os direitos e garantias fundamentais do cidadão.
A proposta de emenda à Constituição atualiza o Artigo 5º, que trata dos direitos individuais e coletivos. O novo trecho passa a dizer ser “assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais”.
A emenda também determina que a União fique responsável por legislar, organizar e fiscalizar a proteção de tratamentos de dados pessoais, reforçando a lei geral de proteção de dados.
Federação entre PT e PSB
Em entrevista à CNN, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) admitiu a possibilidade de, caso não ser formada uma federação partidária entre PT e PSB, o estado de São Paulo contar com candidaturas diferentes das duas legendas na disputa ao Palácio dos Bandeirantes.
“Se não houver federação, podemos ter duas candidaturas e vamos para os debates, vamos ver quem consegue se sair melhor nos debates e quem vai demonstrar que conhece mais o estado de São Paulo”, afirmou.
Regime semipresidencialista
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que irá propor a discussão no Congresso de um regime semipresidencialista a partir de março. Lira defende a proposta de alteração do sistema de governo para 2030.
“A Câmara vai propor, vai tentar se unir ao Senado… para pegarmos os meses de março, abril, maio, junho para discutirmos o semipresidencialismo sem nenhum tipo de pressão de votação, sem nenhum tipo de texto pronto e sem perspectiva inclusiva de votação antes da eleição, para que a gente possa deixar qualquer texto que seja discutido e analisado escolhido pelos parlamentares para ser votado inclusive com Congresso novo, que seja escolhido em outubro”, disse.
O Liberdade de Opinião teve a participação de Boris Casoy e Fernando Molica. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.