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    Bolsonaro reafirma impossibilidade de manter auxílio por ‘muito tempo’

    Mas deu sinal verde, em contrapartida, para que o Congresso busque uma fonte de financiamento para um programa em substituição ao Bolsa Família e o Renda Cidadã

    Reuters

    O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta segunda-feira que não tem como manter o pagamento do auxílio emergencial por um período maior devido ao endividamento do país.

    Bolsonaro já vinha alertando para a dificuldade de o governo manter o benefício, mas deu sinal verde, em contrapartida, para que o Congresso busque uma fonte de financiamento para um programa de distribuição de renda em substituição ao Bolsa Família, o Renda Cidadã.

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    “Eu sei que os 600 reais (do auxílio) é pouco para quem recebe, mas é muito para o Brasil. Tem que ter responsabilidade para usar a caneta BIC. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque o endividamento nosso é monstruoso”, argumentou o presidente.

    “Mas realmente o Brasil está saindo da crise, os números mostram”, afirmou.

    O Congresso Nacional aprovou a criação do auxílio emergencial no valor de 600 reais mensais durante três meses, após acordo com o governo federal, apesar do valor inicialmente proposto pela equipe econômica de 200 reais.

    Depois, o governo editou uma medida provisória que prorroga o pagamento do auxílio até o fim do ano, mas no valor de 300 reais. A MP ainda não foi votada e a oposição na Câmara dos Deputados pressiona para que ela seja incluída na pauta, já que a estratégia de governistas é evitar que ela seja debatida. Sem ir a voto, a MP surte os efeitos desejados, já que tem força de lei no momento de sua publicação, sem o risco de ser alterada durante o debate por deputados na intenção de elevar o valor do benefício.

    Em diversas declarações, o presidente da Câmara. Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem dado sinalizações que não irá tomar decisões que comprometam a já delicada situação fiscal do país e vem defendendo insistentemente a aprovação da regulamentação do teto de gastos como prioridade absoluta do Congresso.

    No sábado, Maia declarou que uma melhora na regulamentação do teto de gastos é mais importante do que a instituição de um novo programa de renda mínima.

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