Bolsonaro cancela urgência da Reforma Tributária
Objetivo da equipe econômica com a decisão é priorizar a reforma administrativa
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cancelou nesta sexta-feira (4) a urgência que o governo pediu inicialmente para a tramitação da reforma tributária enviada ao Congresso em julho.
A decisão, de acordo com integrantes da equipe economia, é um movimento priorizar a tramitação da reforma administrativa, enviada nesta quinta-feira à Câmara.
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O despacho assinado por Bolsonaro com o cancelamento da reforma foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União de hoje.
À coluna, Maia afirmou na quarta-feira que nada impedia votar a reforma administrativa em dezembro, após a votação da reforma tributária, o que, de acordo com líderes, como Baleia Rossi, do MDB, poderia ocorrer em outubro.
A alteração na estratégia do governo foi formalizada um dia após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirma em entrevista à CNN que Guedes deixou de conversar com ele, tendo proibido também seus auxiliares de falar com o deputado.
O governo formalmente deu outras justificativas.
Em nota, a Secretaria de Ggoverno explicou que a retirada da urgência do texto se deve ao fato de que ele trancaria a pauta na Câmara dos Deputados a partir da próxima semana, impedindo que outros projetos fossem apreciados.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, explicou que haverá mudanças no texto e que o tempo a mais servirá “para que o deputado Aguinaldo Ribeiro possa incluir a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) no novo IVA, em negociação com estados e municípios englobando ICMS e ISS”.