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    Bolsas da Ásia fecham mistas em meio a tarifas, com avanço na China

    País anunciou que seus principais líderes estão buscando promover laços comerciais mais estreitos com os países asiáticos vizinhos

    Estadão Conteúdo

    As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, com fortes perdas em Tóquio e avanços nos mercados chineses, enquanto investidores digerem os últimos lances da guerra comercial deflagrada pelas tarifas do governo Trump.

    As chamadas tarifas “recíprocas” dos EUA a importações globais entraram em vigor hoje, incluindo uma massiva tarifação de 104% a produtos da China.

    Na China continental e em Hong Kong, por outro lado, as bolsas encerraram o dia em tom positivo, revertendo perdas de mais cedo. Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto subiu 1,31%, a 3.186,81 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,77%, a 1.823,61 pontos. Já o Hang Seng teve alta de 0,68% em Hong Kong, a 20.264,49 pontos.

    A China anunciou que seus principais líderes estão buscando promover laços comerciais mais estreitos com os países asiáticos vizinhos de forma a reduzir o impacto das tarifas dos EUA. Pequim também reiterou a promessa de tomar “medidas resolutas” para defender seus direitos comerciais.

    O país também divulgou um documento que apontou que Pequim está disposta a se comunicar com Washington para resolver diferenças e atritos que considera normais para as duas maiores economias do mundo.

    “Os ativos de risco se recuperaram com um documento que sugere que a China está aberta ao diálogo – embora não confirme que as negociações entre os EUA e a China estejam em andamento e signifique que mais barulho nas manchetes é inevitável”, disseram analistas do Citi em uma nota.

    A Reuters informou que os principais líderes da China planejam convocar uma reunião já nesta quarta-feira para discutir medidas a fim de impulsionar a economia e estabilizar os mercados de capitais.

    As maiores corretoras da China se comprometeram a ajudar a estabilizar os preços das ações domésticas, informou a bolsa de Xangai, enquanto várias empresas listadas disseram que planejam comprar ações.

    No Japão, o índice Nikkei caiu 3,93% em Tóquio, a 31.714,03 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,74% em Seul, a 2.293,70 pontos, entrando em “bear market” ao acumular perdas de mais de 20% desde o pico que atingiu em julho do ano passado, segundo a CNBC, e o Taiex liderou as perdas na região, com tombo de 5,79% em Taiwan, a 17.391,76 pontos, mais uma vez arrastado pela TSMC (-3,80%), maior fabricante de chips do mundo.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, cumpriu ontem a ameaça de aplicar uma tarifa adicional de 50% aos produtos chineses, elevando o total a 104%, depois de Pequim se recusar a remover uma tarifa retaliatória de 34% a importações de bens americanos.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho hoje, com queda de 1,80% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.375,00 pontos.

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