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    Bolsa chega a cair 7% no dia, mas fecha em alta de 2,15%

    Mercado operou entre altos e baixos ao longo de todo o dia após corte de juros e anúncio de medidas

    O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou o pregão desta quinta-feira (19) em alta de 2,15%, a 68.331,80  pontos, após uma sessão bastante instável, em que pulou do lado negativo para o positivo ao longo de todo o dia. O índice abriu no vermelho e chegou a cair mais de 7% pela manhã, tocando os 61 mil pontos.

    Na véspera, a bolsa caiu 10,35%, após passar por mais um circuit braker durante a tarde – o mecanismo suspende as operações por 30 minutos em caso de quedas superiores a 10%. O Ibovespa fechou a 66.894,95 pontos, menor patamar desde 3 de agosto de 2017.

    Por pouco, o circuit breaker não precisou ser acionado pela segunda vez no pregão, já que, na mínima da sessão, o Ibovespa chegou a cair 14,84%, a 63.546,74 pontos. Quando o recuo chega a 15%, os negócios são paralisados novamente, por uma hora.

    Na bolsa, investidores reagiram à notícia de que o Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, deve emprestar até US$ 60 bilhões ao Banco Central brasileiro, em um acordo de linhas de swap de dólar com nove bancos centrais do mundo.

    A intenção do Fed é impedir que o dólar se valorize demais frente a várias moedas em meio à epidemia de coronavírus, o que é ruim tanto para os Estados Unidos quanto para os outros países. A medida pode ajudar o real a ficar menos instável frente ao dólar. Nesta sessão, o dólar fechou em queda de 1,8% frente ao real, a R$ 5,10.

    Investidores também acompanham a agenda de medidas do governo para combate do coronavírus e seus impactos na economia. Na quarta-feira, o Banco Central reduziu a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 0,5 ponto, de 4,25% para 3,75% ao ano, o menor patamar da história. O governo também anunciou novas medidas de combate ao coronavírus, como o pacote de R$ 15 bilhões que dará em auxílio de R$ 200 a trabalhadores autônomos desassistidos durante a crise.

    Também segue radar está a aprovação pelo Plenário da Câmara dos Deputados na véspera do pedido de reconhecimento de calamidade pública enviado pelo governo em função da epidemia do coronavírus e a matéria vai agora ao Senado.

    O estado de calamidade pública libera o governo do cumprimento da meta fiscal deste ano para o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central), de R$ 124,1 bilhões.

    *Com Reuters

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