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    BofA vê acomodação na atividade dos próximos meses e eleva previsão de inflação

    Banco manteve previsão de crescimento do PIB de 5,2% em 2021

    Luana Maria Beneditoda Reuters

    A atividade econômica brasileira deve continuar se acomodando nos próximos meses em meio a ruídos políticos, disrupções na cadeia de oferta e crise nos reservatórios de água, disse o Bank of America (BofA) em relatório desta quarta-feira (1).

    O documento foi divulgado na esteira de dados que mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,1% no período de abril a junho, depois de ter avançado por três trimestres consecutivos.

    “Esperamos que a atividade econômica continue mostrando moderação no terceiro trimestre de 2021 devido ao fim dos pagamentos do ‘coronavoucher’ em julho, ruídos políticos crescentes, disrupções no lado da oferta – que estão causando altos preços de custo e escassez de insumos – e baixos níveis nos reservatórios de água”, disse o BofA em relatório assinado por David Beker, chefe de economia e estrategista no Brasil.

    O principal risco positivo para a atividade seria um desempenho melhor do que a expectativa do setor de serviços em meio à reabertura da economia, afirmou o banco.

    Segundo o relatório, o BofA continua enxergando sua estimativa de crescimento do PIB de 5,2% em 2021 como “apropriada”.

    Por outro lado, o credor global ajustou suas perspectivas para a alta dos preços no Brasil neste ano e no próximo, mostrou relatório separado de terça-feira (31).

    O BofA agora espera que o salto da inflação oficial seja de 7,75% ao final de 2021, ante projeção anterior de alta de 7%. Para 2022, a expectativa é de que a inflação avance 4,0%, contra estimativa de 3,8% anteriormente.

    “Essas revisões são devido a surpresas recentes nos preços administrados (especialmente custos de energia)”, afirmou o BofA.

    Dados da semana passada mostraram que a pressão de energia elétrica levou a prévia da inflação oficial do Brasil a disparar para o nível mais alto para um mês de agosto em quase duas décadas.

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