Bloqueio no Orçamento foi “freada brusca” e vai afetar “ações dos ministérios na ponta”, diz Marinho
Ministro deu declaração ao anunciar dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento Federal foi uma “freada brusca” que vai afetar ”bastante as ações dos ministérios na ponta”.
Ao comentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta terça-feira (30), Marinho afirmou que ainda não sabe qual ação da pasta será impactada, mas que, a depender do montante, “não vai ter nem energia” elétrica no ministério.
“Não sabemos ainda. O anúncio está feito de corte. Eu acho que esses cortes vão prejudicar bastante as ações dos ministérios na ponta. Mas é da vida. Você tem um pacto com o mercado que foi feito, sem entrar no mérito se foi certo ou se foi errado”, afirmou.
“Mas o pacto foi feito, tem que cumprir o pacto. Pactos foram feitos para serem cumpridos”, disse, acrescentando que o presidente Lula “sempre teve responsabilidade fiscal”.
Para Marinho, o pacto fiscal deveria ser planejado a cada 10 anos e não em quatro, pois acaba se tornando “uma coisa abrupta” que “gera consequências”, de acordo com ele, como a “freada brusca” que está sendo feita agora no orçamento.
“A responsabilidade fiscal poderia ser planejada para um tempo maior. Poderia ser em 10 anos, não em quatro. Quando faz em quatro anos, tem que dar uma freada mais brusca, é o que está acontecendo, estamos dando uma freada brusca no orçamento porque tem um pacto com o mercado, e o mercado cobra, é o que estamos fazendo”, pontuou.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse na manhã desta terça que todos os ministérios “darão a contribuição” para cumprir o bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento.
O número foi anunciado pela equipe econômica na semana passada e um decreto com o detalhamento dos valores para cada pasta será publicado no Diário Oficial da União (DOU) extra ainda nesta terça-feira.