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    BID vai apoiar programa de proteção cambial do governo com US$ 5,4 bilhões

    Apoio acontecerá em duas frentes: US$ 3,4 bilhões em derivativos e US$ 2 bilhões em linhas de crédito

    Ilan Goldfajn, brasileiro presidente do BID
    Ilan Goldfajn, brasileiro presidente do BID Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Danilo Moliternoda CNN

    O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai apoiar com um total de US$ 5,4 bilhões (R$ 27 bilhões) o programa do governo brasileiro para proteção cambial de investimentos verdes.

    Ilan Goldfajn, brasileiro e presidente da instituição internacional, comentou detalhes da operação em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira (26). O apoio acontecerá em duas frentes: US$ 3,4 bilhões em derivativos e US$ 2 bilhões em linhas de crédito.

    Nomeado “Eco Invest Brasil”, o programa visa viabilizar operações no mercado de capitais para empresas e investidores sediados no Brasil captarem recursos no exterior. A ideia é oferecer proteção cambial para que os riscos associados à volatilidade de câmbio sejam minorados e não atrapalhem esses investimentos na transformação ecológica.

    Em termos práticos, o BID que atuará como intermediário na contratação de um banco internacional que oferecerá o seguro cambial no Brasil. O Banco Central (BC) será ponte entre o seguro que o BID pode contratar e os investidores dos projetos ecológicos.

    O governo avalia que a parceria com o BID é uma “estratégia chave”, que ajudará a reduzir custo de captação e, pelos prazos longos, permitirá ampliar a disponibilidade de fundos para projetos alinhados à transformação ecológica.

    “O objetivo é aumentar os investimentos estrangeiros diretos e contribuir para a transformação ecológica do Brasil. Só com esta mudança de escala chegaremos onde queremos”, disse Ilan.

    O programa

    O chamado “hedge cambial” funciona como uma espécie de seguro, que cobre prejuízos a serem combinado. Deste modo, se o real desvalorizar em um determinado percentual, o investidor estará protegido.

    O Ministério da Fazenda destaca que a iniciativa não se propõe a interferir no mercado de câmbio. Assim, “não vai reduzir a volatilidade do câmbio, tampouco definir artificialmente o preço da moeda, mas oferecer uma proteção específica para projetos de transição ecológica”.

    A gestão federal deve editar uma Medida Provisória (MP) que estabelece a criação do programa, no âmbito do Fundo Clima, e a linha de crédito necessária para a sua execução. Este texto autorizará o Banco Central a realizar as operações que viabilizam as soluções de proteção cambial.