BDM: queda na popularidade de Lula reflete no mercado
Pesquisa Datafolha revelou declínio na popularidade do presidente, impulsionando especulações sobre eleições de 2026
A recente pesquisa Datafolha, divulgada na última sexta-feira (14), revelou uma queda significativa na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provocando uma reação no mercado financeiro brasileiro.
A aprovação do presidente recuou de 35% em dezembro para 24% na semana passada, atingindo o menor nível dos três mandatos de Lula como presidente.
O impacto da pesquisa foi imediato nos mercados, com o dólar fechando abaixo de R$ 5,70 pela primeira vez desde o início de novembro do ano passado, e o Ibovespa encerrando acima dos 128 mil pontos.
Analistas e investidores passaram a considerar a possibilidade de Lula não conseguir se reeleger nas eleições presidenciais de outubro de 2026, o que reforçou o apetite por risco.
Detalhes da pesquisa e reação do governo
A reprovação do governo saltou de 34% em dezembro para 41%, também um recorde para Lula.
Chama atenção a queda na aprovação entre grupos tradicionalmente fiéis ao Partido dos Trabalhadores (PT), como a população mais pobre, com menor escolaridade e os moradores do Nordeste.
Em resposta à queda de popularidade, o governo tem se movimentado para reverter o quadro negativo.
Lula está buscando aprovar medidas populares, como a ampliação do auxílio gás e a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Além disso, o presidente intensificou sua agenda de campanha, participando de eventos de entrega de obras e anúncios de investimentos.
Cenário econômico e perspectivas
O Banco Central divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma prévia do PIB.
A expectativa dos economistas era de uma queda de 0,4% em dezembro, após quatro meses consecutivos de crescimento, indicando um possível esfriamento da atividade econômica. O índice, no entanto, recuou mais que o esperado.
A semana também será marcada pela divulgação de balanços corporativos do quarto trimestre de 2024, incluindo empresas como BB Seguridade, Neo Energia, Carrefour, Vale e Banco do Brasil, entre outras.
No cenário internacional, apesar do feriado nos Estados Unidos, três dirigentes do Federal Reserve (Fed) farão pronunciamentos, que podem oferecer insights sobre a política monetária americana.
Além disso, dados econômicos importantes serão divulgados no Japão, Reino Unido, China e zona do euro ao longo da semana.