BDM: escalada tarifária de Trump renova tensão no mercado
Presidente americano também prometeu taxar a União Europeia em breve, depois de um início de governo aparentemente amigável, que começa a pôr em prática suas promessas de campanha
Escalada tarifária e medo de possível guerra comercial entre Estados Unidos e o resto do mundo continua no radar do mercado nesta semana, após as tarifas sobre Canadá, México e China entrarem em vigor nesta segunda-feira (1º).
As bolsas caíram em Nova York e na Ásia, com o dólar também impactado e em disparada. O Canadá em reação a taxação resolveu retaliar com tarifas próprias de 25% sobre suas importações americanas.
“O presidente americano, Donald Trump, também prometeu taxar a União Europeia em breve, depois de um início de governo aparentemente amigável na primeira semana, mas agora o presidente dos EUA resolveu colocar em prática suas promessas de campanha”, afirma Téo Takar, editor-chefe do Bom Dia Mercado ao CNN Money.
Ainda nos EUA, o relatório de emprego, o payroll, nesta sexta-feira (7), além dos balanços de Alphabet, nesta terça, e Amazon na quinta (6). A semana tem agenda recheada com o retorno dos chineses do feriado do ano-novo chinês, com as bolsas da China continental retornando nesta terça-feira (4).
Nesta segunda as demais bolsas do continente encerraram em forte queda. Takar afirma que investidores aguardam o retorno do recesso chinês para entender os efeitos das tarifas sobre a economia local.
O governo chinês planeja negociar com republicano para tentar impedir novas tarifas sobre seus produtos e mais restrições de acesso à tecnologia, segundo The Wall Street Journal.
Já no Brasil, investidores da B3 aguardam o início da temporada brasileira de balanços. A partir de hoje, os resultados dos bancos devem ser o foco da expectativa dos investidores.
Na terça, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) está no radar dos investidores. Na última semana, o Banco Central (BC) voltou a subir a taxa básica de juros do país, a Selic, para 13,25% ao ano. O colegiado votou unanimemente pelo ajuste.
Takar ressalta que a expectativa em torno da ata é alta, após comunicado não dar pistas para as reuniões de maio.
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