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    BC dos EUA e tensão na Ucrânia balançam mercados nesta quinta-feira

    Decisão do banco central americano sobre juros já era aguardada; presidente deixou o aumento do juro em aberto para o resto do ano

    Priscila Yazbekda CNN , Em São Paulo

    Os mercados digeriam nesta quinta-feira (27) a reunião de ontem do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve System (Fed). Nesta manhã, os futuros americanos operam perto da estabilidade.

    Como já era esperado, o Fed manteve os juros perto de zero e indicou que deve encerrar a compra de títulos e elevar os juros a partir de março.

    O tom do comunicado mais ameno chegou a impulsionar as bolsas, mas os índices tiveram queda com o teor mais rígido do presidente da instituição, Jerome Powell, na entrevista coletiva logo depois.

    Além de dura, a fala do líder do BC americano deixou em aberto quantas vezes o juro pode subir este ano e quando o balanço patrimonial de US$ 9 trilhões vai começar a ser reduzido.

    Com o Fed sinalizando mais temor da inflação que o esperado e indicando que não será influenciado pela queda das ações, o mercado passou a precificar uma quantidade maior de aumentos de juros. Os cálculos apontam 4,4 altas, ante 4 previstas recentemente.

    As incertezas fizeram com que investidores reduzissem a porção de ativos de riscos dos portfolios e as bolsas caíram.

    O S&P 500, um dos principais índices da bolsa americana, já tem queda de quase 9% e pode fechar o mês com o pior janeiro da história.

    Segundo a OHM Research, o mercado atingiu o pico do pessimismo com o Fed. Agora, é necessário superar a variante Ômicron e a tensão entre Rússia e OTAN para conseguir alguma recuperação.

    A escalada das tensões na Ucrânia, porém, continua e fez disparar o preço do petróleo. Ontem, o valor superou a marca de US$ 90 pela primeira vez desde 2014.

    As bolsas europeias seguem Nova York e abrem em queda, apesar dos bons resultados de diversas empresas. O Deutsche Bank, por exemplo, reportou seu maior lucro em uma década.

    Brasil

    No país, o aumento da incerteza nos mercados globais continua levando a uma rotação de investidores de ações de tecnologia para as ações de commodities. Como um terço da bolsa brasileira é formada por commodity, as ações nacionais vêm se recuperando com fluxo estrangeiro.

    Ontem, o Ibovespa fechou acima dos 111 mil pontos. Segundo o JP Morgan, neste ritmo e o mercado mais confortável com as eleições, o índice pode chegar aos 133 mil pontos neste ano.

    Os riscos fiscais, porém, seguem no radar. Ontem, o Tesouro divulgou que a dívida pública federal subiu 12% em 2021 e admitiu que as incertezas fiscais impactaram a gestão da dívida.

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a PEC dos Combustíveis está acertada com o Ministério da Economia. Analistas acreditam que a proposta seja uma bomba para arrecadação e pode pesar mais sobre a bolsa assim que parlamentares voltarem do recesso.

    Índices

    O Ibovespa futuro operava em alta de 0,46% nesta manhã, aos para 112.528 pontos. O Dólar tem queda de 0,58% e é cotado a R$ 5,41. Já o S&P apresenta baixa de 0,09%, com 4.346 pontos.

    Agenda do dia

    Às 10h30, a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre dos Estados Unidos deve ser divulgada. A temporada de balanços vem na sequência com os resultados da Apple.

     

     

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