Barclays eleva estimativa para PIB brasileiro para 4,3% com alta das commodities
A instituição agora vê crescimento de 0,8% do PIB no primeiro trimestre sobre os três meses finais de 2020, bem acima da previsão anterior de declínio de 0,3%
O banco Barclays revisou para cima suas projeções para o desempenho da economia brasileira nos dois primeiros trimestres do ano e também para 2021 cheio, citando dados de atividade melhores do que o esperado até março, expectativa de impacto limitado das últimas medidas de restrição ao coronavírus e forte demanda externa em meio ao rali das commodities.
A instituição agora vê crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre sobre os três meses finais de 2020, bem acima da previsão anterior de declínio de 0,3%. O ajuste ocorre depois de o IBC-Br de março divulgado nesta quinta vir melhor que o esperado.
No caso do segundo trimestre, o Barclays ainda estima contração da atividade, mas agora de 0,5%, metade da taxa de 1% calculada antes.
Em 2021, o PIB vai crescer 4,3%, acima da taxa de 3,2% prevista anteriormente e também do prognóstico de 3,5% dado antes da mais recente onda da pandemia.
“De modo geral, as perspectivas para a recuperação econômica continuam muito dependentes do ritmo de vacinação, que ganhou força após um início difícil”, disse em relatório o economista-chefe para Brasil do Barclays, Roberto Secemski, que vê um impulso mais forte ao longo do segundo semestre.
“Por outro lado, atrasos na imunização (acompanhados por novas ondas de pandemia) levariam a riscos de queda, embora expressivos 3,6% de carregamento estatístico herdado de 2020 (devido à forte recuperação no segundo semestre) forneçam um piso relativamente alto para as previsões de 2021 nesta conjuntura.”