Bancos públicos desistem de sair de Febraban após comunicado
Presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, afirmou à CNN nesta sexta-feira que a publicação é "fruto de discussões respeitosas entre as partes"
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica decidiram continuar na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), após comunicado que desvincula a entidade da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Apesar das indisposições internas, os dois bancos públicos participaram da elaboração do comunicado da Febraban, principalmente o BB.
O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, afirmou à CNN nesta sexta-feira que a publicação é “fruto de discussões respeitosas entre as partes e da busca constante pelo diálogo existente entre os membros da Febraban”.
À coluna, ele afirmou que a posição da Federação “respeita a governança da empresa, quando da aprovação da adesão, no entanto deixa claro a descontinuidade dessa adesão dado que o mesmo, além de ter cumprido sua finalidade, teve interpretações diversas daquela pretendida inicialmente. Em suma, não terá o Selo da Febraban em eventual publicação por parte da Fiesp”.
A versão final da publicação da Febraban foi azeitada, na quinta à tarde, em conversa do presidente do Conselho da Febraban, Moreira Sales e o presidente do BB, Fausto Ribeiro. Interlocutores da Caixa não participaram presencialmente da conversa, devido a opiniões mais críticas à Febraban.
Procurada pela CNN, a Caixa informou que o caso está encerrado e que não tem mais nada a acrescentar.
A avaliação é de que o comunicado respeita os dois lados da questão, tanto quem está incomodado com o governo quanto quem não concorda que os bancos adotem posicionamento político.
No mesmo texto em que defende equilíbrio e serenidade em referência à crise entre Poderes, a Febraban afirma que respeita a posição de não adesão do Banco do Brasil e da Caixa Econômica.