Bancos privados vão financiar 71% do resgate das elétricas
Objetivo do financiamento é aliviar o caixa das empresas em meio à crise provocada pela pandemia
Os bancos privados vão financiar 71% do resgate de R$ 14,8 bilhões para as distribuidoras de energia, enquanto as instituições públicas – BNDES e Banco do Brasil – ficam com apenas 29%.
A fatia do setor financeiro privado ficou acima do esperado. As instituições financeiras consideraram o empréstimo de baixo risco, porque vai ser descontado direto da conta de luz dos consumidores.
Participam do sindicato de bancos: Santander, Bradesco BBI, Itaú BBA, BTG, Citibank, SMBC, BOCOM BBM, CCB, Votorantim, Alfa, ABC Brasil, Safra, JP Morgan e Credit Suisse.
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O empréstimo ficou um pouco abaixo do valor estimado de R$ 16 bilhões, porque três das 53 distribuidoras de energia elétrica não aderiram. O objetivo do financiamento é aliviar o caixa das empresas em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Outro sinal de que a operação agradou aos bancos é a taxa de juros. O percentual estava estimado inicialmente em 3,9% mais CDI (Certificado de Depósito Interbancário), e acabou saindo por 3,79% mais CDI.
Os empréstimos terão carência até julho de 2021 e vencimento em dezembro de 2025. As distribuidoras serão autorizadas a reajustar as tarifas a partir do ano que vem para pagar o financiamento.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda vai discutir com as distribuidoras reajustes adicionais para compensar a inadimplência e a queda de consumo provocadas pela Covid-19, o que pode elevar o reajuste para o consumidor.
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