Balanço da Netflix surpreende; entenda em 5 pontos a boa fase da companhia e o que não vai tão bem
Empresa adicionou quase 6 milhões de assinantes no segundo trimestre
A Netflix divulgou na quarta-feira (19) um relatório de ganhos impressionantes após implementar medidas para não haver o compartilhamento de senhas. Entenda em 5 pontos a boa fase da companhia e o que não vai tão bem:
1. Novos 5,9 milhões de assinantes adicionados
Indo para o balanço financeiro, os investidores estavam curiosos sobre o quanto a repressão da empresa ao compartilhamento de senhas aumentaria o crescimento de assinantes.
Com a medida, a Netflix adicionou 5,9 milhões de assinantes no segundo trimestre – apenas um ano depois de ter perdido quase um milhão de assinantes.
Espera-se que a companhia, a qual agora possui 238 milhões de assinantes globais, continue se beneficiando da não permissão ao compartilhamento de senhas.
A empresa de streaming disse que “as inscrições já estão superando os cancelamentos” e estar implementando a política de senha em todo o mundo.
2. Modelo próprio de streaming lucrativo
A Netflix perdeu por pouco a receita, com suas ações caindo 8% nas negociações após o expediente, já que Wall Street continua preocupada com os lucros de streaming que estão afetando a indústria como um todo.
Mas vale ressaltar que a companhia tem construído um modelo de streaming lucrativo, enquanto seus concorrentes de mídia herdados lutam para fazê-lo em um ambiente cada vez mais difícil.
3. Mais fluxo de caixa livre
A gigante do streaming, a primeira grande empresa de mídia a relatar ganhos neste trimestre com as implicações em Hollywood, aumentou seu fluxo de caixa livre de US$ 1,5 bilhão (R$ 7 bilhões) para aproximadamente US$ 5 bilhões (R$ 24 bilhões) no ano.
A empresa citou “menores gastos com conteúdo em dinheiro” em meio às greves de roteiristas e atores que paralisaram a produção de conteúdo.
4. “Esta greve não é um resultado que queríamos”
Durante a teleconferência de resultados, o co-CEO Ted Sarandos se dirigiu ao elefante na sala, dizendo que queria ser “absolutamente claro” que as greves duplas “não eram o resultado” que a empresa de streaming queria.
“Nós fazemos negócios o tempo todo. Estamos constantemente à mesa negociando com roteiristas, diretores, atores e produtores, com todos da indústria”, disse Sarandos. “E esperávamos muito chegar a um acordo até agora.”
5. Adeus, plano sem anúncios de US$ 9,99
Antes dos ganhos, a Netflix cancelou sua opção sem anúncios mais barata nos EUA e no Reino Unido.
O plano, oferecido por US$ 9,99 (R$ 48), não está mais disponível para novos clientes (aqueles que já assinaram o plano não serão afetados).
A decisão de cortar o plano básico parece ter como objetivo redirecionar os assinantes dessa faixa de preço para o modelo com suporte de anúncios, que custa US$ 6,99 (R$ 33).
A empresa disse anteriormente que o modelo com suporte de anúncios teve um desempenho melhor na “economia” do que o modelo sem anúncios de US$ 9,99.