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    Aumentar Selic é insistir no erro, diz CNI

    O Comitê de Políticas Monetárias, do Banco Central, iniciou nesta terça-feira (10) a última reunião sob o comando de Roberto Campos Neto

    Vitória Queirozda CNN , Brasília

    O mercado estima um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, segundo a projeção do Boletim Focus divulgado na última segunda-feira (9). Diante da expectativa de alta, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou um posicionamento em que classifica uma eventual decisão de tornar a política monetária ainda mais contracionista como um “erro”.

    “Para a instituição, tornar a política monetária ainda mais contracionista é um erro, em um momento em que a política fiscal reduz de forma significativa o impulso fiscal sobre a atividade econômica”, diz a nota.

    O Comitê de Políticas Monetárias, do Banco Central, iniciou nesta terça-feira (10) a última reunião sob o comando de Roberto Campos Neto. A decisão sobre a Selic será publicada na próxima quarta-feira (11).

    Para a CNI, a tendência de redução de juros no cenário internacional favorece a política monetária do Brasil.  Nos Estados Unidos, a expectativa é que o FED (Banco Central dos EUA) promova na próxima semana um corte consecutivo de 0,25 p.p.

    “Esse movimento é benéfico para o Brasil e deveria ser mais bem aproveitado. Afinal, possibilita até a redução da Selic sem diminuir o diferencial de juros em relação às economias centrais, o que evitaria pressão sobre a taxa de câmbio e a inflação”, diz a nota.

    Reação exagerada

    Em nota, a CNI afirmou também que a reação inicial do mercado financeiro ao pacote de corte de gastos do governo foi “exagerada”. Durante a elaboração das medidas, o dólar ultrapassou R$ 6.

    “A CNI avalia que a reação inicial ao pacote, com desvalorização da taxa de câmbio e alta nos juros futuros, é exagerada e se deve ao anúncio da isenção de imposto de renda de que têm

    rendimento mensal de até R$ 5 mil”, diz o texto.

    Para a CNI, o pacote de medidas fiscais  melhora a sintonia entre as políticas fiscal e monetária. A confederação classificou como “positivas” a revisão da regra de reajuste do salário-mínimo, da regra que determina o valor do abono salarial e da regra que define a contabilização da

    renda para fins de recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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