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    Atingir metas é melhor forma de contribuir com crescimento sustentável, diz Campos Neto em NY

    Presidente do BC falou em evento com empresários em Nova York nesta terça (15), sucedido pelo ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que defendeu limite na "licença para gastar" do governo eleito

    Do CNN Brasil Business

    Persistir no combate à inflação e atingir metas é melhor forma de contribuir com crescimento sustentável, disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento com empresários em Nova York nesta terça-feira (15).

    “Apesar de grande parte da melhora da inflação recente ser devido a medidas do governo, existem indicadores incipientes que mostram melhora qualitativa. É cedo para comemorar, precisamos persistir no combate à inflação e atingir nossas metas, porque essa é a melhor forma de contribuir com o crescimento sustentável”, disse.

    Segundo Campos Neto, é provável que o mundo externo passe a ajudar, devido a uma esperada desaceleração global e ao aumento de juros que segue seu curso nas principais economias. Mas ele defende que ainda é improntante que esse movimento seja somado de responsabilidade fiscal e reformas no país.

    “Olhando para o futuro, apenas um plano coeso, com responsabilidade fiscal e continuidade das reformas vai assegurar trajetória de crescimento sustentável com inflação baixa e juros baixos”.

    “Licença para gastar deve ter limites”

    Após o discurso de Campro Neto, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles falou sobre o desafio do governo eleito de negociar mais espaço no orçamento para 2023.

    “É uma negociação complicada, porque tem que se fazer o que o mercado chama de waver e que eu chamo de excepcionalidade, uma licença que o congresso dá através de uma emenda para se gastar acima do que foi aprovado. Até aí é necessário, o que se precisa olhar com cuidado é que a licença para gastar precisa ter limite”.

    Ele ressalta ainda que o plano de gastos apresentado ao Congresso pelo atual governo não reflete mais a realidade, e cita distorções, como a previsão de inflação para o ano de 7%, que consta no documento. “É uma das distorções do orçamento, porque se lidamos com uma inflação maior, a receita também é maior”.

    *Publicado pro Ligia Tuon

     

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