Argentina limita entrada de calçado brasileiro por falta de dólar

Os negociadores do governo brasileiro vêm tentando liberar a entrada dos produtos – não só calçados, mas também em outros setores
por: Raquel Landim da CNN
Casa Rosada
Pedestre caminha em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino, em Buenos Aires  • Foto: Agustin Marcarian/Reuters

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O governo argentino voltou a limitar a entrada de calçados brasileiros no país. Segundo apurou a CNN, o principal motivo é a falta de dólaesr no Banco Central do país para pagar aos exportadores.

Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), 315 mil pares, o equivalente a cerca de US$ 3 milhões, aguardam autorização há mais de 60 dias para entrar na Argentina.

“Está se aproximando o Natal e não conseguimos as licenças para enviar as encomendas. E são produtos de temporada. Com o fim do verão, não vende mais”, disse Haroldo Ferreira, presidente executivo da Abicalçados.

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Casa Rosada
Pedestre caminha em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino, em Buenos Aires
Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Os negociadores do governo brasileiro vêm tentando liberar a entrada dos produtos – não só calçados, mas também em outros setores – em conversas com os argentinos, mas a situação é bastante delicada.

O país vizinho e sócio do Mercosul alega que faltam dólares para trocar os pesos entregues pelos importadores e pagar os exportadores.

Não há números confiáveis das reservas argentinas, mas boa parte corresponde a um acordo selado com a China que permite comprar apenas produtos chineses.

Procurado pela CNN, o Ministério da Economia “tomou conhecimento do tema e está engajado na realização de gestões junto ao governo argentino na busca de uma solução adequada, não somente para a questão dos calçados, mas também de outros produtos brasileiros que têm enfrentado dificuldades para ingressar no país vizinho”.

De janeiro a novembro, as exportações totais do Brasil para a Argentina registram queda de 14,2% para US$ 7,7 bilhões. A participação do país nas vendas brasileiras é de apenas 4%.

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