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    Com eleições na Argentina, relação do Brasil com seu 3º maior exportador e importador vira incógnita

    Na balança parcial de 2023, entre janeiro e outubro, a Argentina aparece como maior exportador, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

    Danilo Moliternoda CNN , em São Paulo

    As eleições argentinas, que acontecem neste domingo (19), lançam dúvidas sobre as relações comerciais do Brasil com o vizinho nos próximos anos, a medida que Javier Milei — candidato que lidera as pesquisas de segundo turno — já sinalizou a possibilidade de se afastar do governo brasileiro.

    No último balanço anual fechado, de 2022, a Argentina apareceu como o terceiro maior importador de produtos do Brasil, com cerca de US$ 13,09 bilhões na balança comercial.

    O vizinho também foi, em 2022, o terceiro maior exportador de produtos brasileiros, com US$ 15,34 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

    Na balança parcial de 2023, entre janeiro e outubro, a Argentina aparece como terceiro maior exportador (US$ 14,90 bilhões), mas perde posição para a Alemanha nas importações e fica em quarto (US$ 10,15 bilhões).

    Neste ano as principais exportações para a Argentina foram soja; parte e acessório de veículos automotivos; veículos automóveis de passageiros; energia elétrica; e minério de ferro e seus concentrados.

    As principais importações foram veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais; veículos automóveis de passageiros; óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus; trigo e centeio não moídos; motores de pistão e suas partes.

    Apesar das sinalizações de Milei sobre possível afastamento do Brasil, o principal interlocutor do governo brasileiro na campanha de Javier Milei, Guillermo Francos, afirmou recentemente que eventual vitória do ultralibertário não afetará a relação.

    Sérgio Massa, candidato de esquerda e atual ministro da economia da Argentina, participou, no último ano, de agendas junto ao ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, com intuito de reforçar a relação entre os países.

    Às vésperas das eleições presidenciais, o governo brasileiro autorizou um empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) ao país.

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