Após protesto no Rio, Americanas afirma que não há processo de demissão
Funcionários e sindicatos se reuniram na manhã desta sexta-feira (3) em frente a uma antiga loja da empresa no Centro da capital fluminense
Um grupo de funcionários da Americanas e sindicatos fizeram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (3) em frente a uma antiga loja da empresa, no Centro do Rio de Janeiro. No ato, manifestantes mencionaram demissões acima do normal para esta época do ano e disseram temer a perda de direito trabalhistas.
A Americanas afirmou que está cumprindo com todas as obrigações trabalhistas. Segundo a empresa, pode haver reestruturações no quadro de funcionários, que atualmente chega a cerca de 44 mil pessoas, mas não foi iniciado nenhum processo de demissão. Até o momento, a Americanas informou apenas que interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados.
Nesta semana, a juíza Andrea Palma, do Tribunal de Justiça de São Paulo, solicitou a apreensão de e-mails de atuais e antigos executivos da Americanas, a pedido do Bradesco. No entanto, o juiz Alexandre de Carvalho Mesquita, da 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, recusou o pedido. Segundo ele, a Justiça de SP não tem competência para determinar busca e apreensão em outra região.
A empresa tem sede no Rio de Janeiro e entrou com uma recuperação judicial no mesmo estado no mês passado, diante da crise gerada por descoberta de um rombo contábil.
A Americanas viu suas ações despencarem no mercado e enfrenta uma série de investigações após anunciar inconsistências de cerca de 20 bilhões de reais na contabilidade. A empresa está, agora, no chamado “prazo de blindagem”, um período de 180 dias no qual todas as suas dívidas ficam suspensas. Mas os bancos nos quais a Americanas tem dívidas continuam com os processos na Justiça.