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    Após 74 anos, Toshiba deixa bolsa de Tóquio e encara futuro com novos proprietários

    O conglomerado está sendo conduzido por um grupo de investidores liderado pela empresa de private equity Japan Industrial Partners

    Logo da Toshiba em Kawasaki, no Japão
    Logo da Toshiba em Kawasaki, no Japão 05/04/2023REUTERS/Androniki Christodoulou

    Por Anton Bridge, da Reuters

    A Toshiba foi retirada da bolsa de valores de Tóquio nesta quarta-feira (20), depois de 74 anos, em decorrência de uma década de turbulências e escândalos que abalaram uma das maiores marcas japonesas e deram início a uma compra e a um futuro incerto.

    O conglomerado está sendo conduzido por um grupo de investidores liderado pela empresa de private equity Japan Industrial Partners (JIP), que também inclui a empresa de serviços financeiros Orix, a empresa de serviços públicos Chubu Electric Power e a fabricante de chips Rohm.

    A aquisição, no valor de US$ 14 bilhões, coloca a Toshiba em mãos domésticas após longas batalhas com investidores estrangeiros que paralisaram a fabricante de baterias, chips e equipamentos nucleares e de defesa.

    A Toshiba “agora dará um passo importante em direção a um novo futuro com um novo acionista”, disse a empresa em um comunicado, acrescentando que apreciaria a compreensão e o apoio contínuos de seus acionistas.

    As ações da Toshiba encerraram a terça-feira, seu último dia de negociação, em 4.590 ienes, uma queda de 0,1% em relação ao dia anterior.

    Embora não esteja claro qual forma a Toshiba assumirá sob seus novos proprietários, espera-se que o presidente-executivo Taro Shimada, que permanecerá em seu cargo após a aquisição, concentre-se em serviços digitais de alta margem.

    O apoio da JIP a Shimada descarrilou o seu plano anterior de se associar a um fundo apoiado pelo Estado. Alguns especialistas do setor dizem que dividir a Toshiba pode ser uma opção melhor.

    “As dificuldades da Toshiba foram causadas, fundamentalmente, por uma combinação de más decisões estratégicas e má sorte”, disse Damian Thong, chefe de pesquisa do Japão na Macquarie Capital Securities.

    “Espero que, através de desinvestimentos, os ativos e o talento humano da Toshiba possam encontrar novos lares onde todo o seu potencial possa ser liberado.”

    O governo do Japão estará observando de perto. A empresa emprega cerca de 106.000 pessoas e algumas de suas operações são consideradas essenciais para a segurança nacional