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    Apesar da paridade entre dólar e euro, viajar ainda é caro para brasileiros, diz especialista

    À CNN Rádio, o economista Joelson Sampaio explicou que as moedas “empataram” em patamar elevado diante do real

    Amanda Garcia

     

    A paridade entre o dólar e o euro – que atingiram o mesmo valor pela primeira vez – pode ter efeito positivo para o turismo, mas especialmente para o viajante dos Estados Unidos, segundo o economista Joelson Sampaio.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que, agora, com a diminuição da diferença entre as moedas, é mais viável viajar para a Europa. “Mas a vantagem é pequena, porque a nossa moeda é desvalorizada em relação às outras duas.”

    “Ainda é muito caro viajar para a Europa e para os Estados Unidos, os valores ‘empataram’, mas em um patamar muito alto”, completou.

    De acordo com o professor de economia da FGV, a paridade acontece por uma conjunção de fatores.

    “Os principais são a expectativa de redução e recessão na Europa, por causa da guerra na Ucrânia, que tem impacto nas expectativas de crescimento e, além disso, uma expectativa de aumento de juros nos EUA por parte do Fed, que faz com que o dólar se torne mais forte.”

    O fortalecimento do dólar vem porque, uma vez que os juros sobem, a atratividade de investidores estrangeiros também aumenta.

    E o que isso significa para o Brasil? “Quando os Estados Unidos aumentam os juros por lá, a gente tem o mesmo efeito para o Brasil, uma migração de capital de investidores que viriam para cá e passam para economias mais seguras, como a norte-americana.”

    Isso se reflete, portanto, no câmbio: “Temos observado a desvalorização do nosso câmbio desde o início do ano, chegamos a ter real mais forte no início do ano, mas isso não acontece mais”.

    *Com produção de Isabel Campos

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