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    ANP pede dados à Petrobras sobre lote de gasolina de aviação

    Entre os aviões que utilizam a gasolina de aviação estão os particulares, agrícolas e as aeronaves dedicadas à aviação comercial de menor porte

    Roberto Samora, , da Reuters

    A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou nesta sexta-feira (5), que pediu esclarecimentos à Petrobras e BR Distribuidora em processo que investiga gasolina de aviação (GAV) fora dos padrões de especificação produzida em janeiro na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão (SP).

    A ANP disse em nota que, segundo a Petrobras, foram comercializados pouco mais de dois mil metros cúbicos desse produto.

    Entre os aviões que utilizam a gasolina de aviação estão os particulares, agrícolas e as aeronaves dedicadas à aviação comercial de menor porte.

    Em meio às investigações, a Petrobras disse que os clientes já foram informados e que está trabalhando para a normalização do abastecimento. O retorno do fornecimento ocorrerá nesta sexta-feira.

    A reguladora afirmou que notificou a Petrobras na quinta-feira (4) e a BR quarta-feira (3), e que as companhias devem prestar, em 48 horas, informações detalhadas sobre o assunto.

    “Além das informações já prestadas à ANP, a Petrobras será notificada hoje a fornecer dados adicionais de movimentação e de qualidade do volume de GAV fora da especificação comercializado pela Refinaria de Cubatão”, disse a reguladora.

    Técnicos da ANP, que estão na refinaria desde quarta-feira para investigar o ocorrido, já coletaram amostras do combustível para análise em laboratório.

    A Refinaria Presidente Bernardes é a única a produzir gasolina de aviação no Brasil.

    Na quarta-feira, a BR havia informado a suspensão preventiva da comercialização de gasolina de aviação para clientes diretos e revendedores, depois de ter detectado um parâmetro do combustível fora dos limites de especificação.

    A ANP disse ainda está atuando junto a todos os agentes econômicos que operam no suprimento da GAV para garantir o abastecimento e a segurança na utilização do produto.

    Em nota, a Petrobras disse que suspendeu preventivamente, desde o dia 1 de fevereiro, a comercialização de um lote de GAV após a companhia realizar análises ao longo da cadeia de abastecimento que apontaram que um dos parâmetros do combustível encontrava-se levemente abaixo do limite mínimo da especificação, “mas sem qualquer indício de adulteração”.

    Segundo a Petrobras, os primeiros testes no produto transportado para as distribuidoras demonstraram que o combustível atendeu a todos os requisitos de certificação exigidos pela ANP. Mas novas avaliações em fevereiro apontaram resultados divergentes.

    “Assim que a Petrobras detectou variação no parâmetro, a companhia (Petrobras) informou imediatamente aos clientes que adquiriram o produto e iniciou trabalho conjunto com os distribuidores para normalização do abastecimento”, disse a empresa.

    O retorno do fornecimento ocorrerá nesta sexta-feira (5), para a base da BR Distribuidora em Cubatão, a partir de novo lote que está em produção pela Petrobras, acrescentou a companhia.

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