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    ANP fecha leilão com 17 blocos exploratórios que podem chegar a R$ 160 milhões

    O leilão “aumenta a distribuição de royalties para municípios que têm em geral índice de desenvolvimento humano", diz diretor interino da ANP, Raphael Moura

    Por Cristina Indio do Brasil, da Agência Brasil

    O 2º Ciclo da Oferta Permanente realizado nesta sexta-feira (4) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi concluído com 17 blocos exploratórios e uma área com acumulações marginais arrematadas e previsão de investimentos mínimos de mais de R$ 160 milhões.   

    Nos blocos exploratórios nas bacias do Amazonas, de Campos, do Espírito Santo, Paraná, Potiguar e Tucano, que alcança uma área de 19.818,09 quilômetros quadrados, o total de bônus ofertado somou R$ 30,936 milhões, o que representou ágio médio de 55,11%, e a previsão do investimento mínimo na fase de exploração de R$ 157,2 milhões, somente na primeira fase do contrato de exploração.

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    Na área com acumulações marginais de Juruá, localizada na bacia terrestre do Solimões, o valor do bônus ofertado ficou em R$ 25,760 milhões, correspondente a um ágio de 1.650% e previsão de investimento mínimo de R$ 3,600 milhões. A área abrange uma extensão de 331,80 quilômetros quadrados.

    O leilão foi realizado no Hotel Sheraton, no Rio de Janeiro, com restrições de presença por causa da covid-19, e pôde ser acompanhado no canal da ANP no YouTube. 

    O diretor geral interino da ANP, Raphael Moura, disse que o resultado do certamente superou as expectativas.

    E destacou que foram feitas ofertas de novas empresas em áreas de terra. “Temos aí um novo cenário de on shore, que é intensivo de mão de obra e que gera empregos, interioriza as economias e leva para o interior dos estados o desenvolvimento”. 

    Ainda de acordo com o diretor da ANP, o leilão “aumenta a distribuição de royalties para municípios que têm em geral índice de desenvolvimento humano abaixo da média brasileira. Tivemos até novas fronteiras na bacia do Paraná. Um impulso para o mercado de gás”.

    O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que vai analisar a partir de agora a falta de ofertas para algumas áreas, para que o resultado possa balizar as decisões futuras do Conselho Nacional de Pesquisa Energética (CNPE).

    Mesmo assim, o ministro considerou que o 2º Ciclo se mostrou exitoso na comparação ao leilão realizado no ano passado, e para a política energética do país que aponta como objetivos a maior competitividade e entrada de novos agentes e empresas no mercado de óleo e gás, seja ele on shore ou off shore.

    Ofertas

    Raphael Moura disse que os valores oferecidos nesta rodada seguem uma lógica de mercado, e destacou que o importante é promover um leilão que seja bem-sucedido e aumente o portfólio exploratório do país.

    Na visão dele, esse aumento associado aos investimentos que essas atividades trazem para o país é que convertem a riqueza natural em benefício para a sociedade brasileira. “As ofertas seguem uma lógica de mercado não só no Brasil, mas no mundo inteiro, que é adequada aos diversos parâmetros econômicos. Nesse sentido, o Brasil larga na frente”, disse.

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