Aneel deve realizar dois novos leilões de energia até 2024
Último evento, na sexta-feira (30), teve todos os lotes vendidos e reuniu R$ 15,3 bilhões em investimentos
O megaleilão de linhas de transmissão realizado na última sexta-feira (30) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que teve todos os lotes vendidos e mais de R$ 15 bilhões em recursos, ampliou as expectativas de investimentos no setor. Outros dois eventos já estão previstos, um deles para dezembro e o outro para o ano que vem.
O primeiro leilão da Aneel foi considerado bem-sucedido pelo governo federal e também por especialistas.
“Esse leilão já era esperado porque você está gerando energia renovável solar e eólica no Nordeste brasileiro e você não tem linha para transportar essa energia. Então, basicamente, esse leilão é para construir linhas para trazer energia renovável do Nordeste aqui para o Sudeste”, avalia Adriano Pires, comentarista de economia da CNN.
A agência prepara os dois próximos leilões de transmissão de energia. O primeiro deve ser realizado ainda neste ano, em dezembro, e o outro em março do ano que vem. A Aneel decidiu adiar os eventos para evitar atrasos de obras e aumentar a competitividade na venda dos lotes que serão disponibilizados.
“Na verdade, isso é a continuação do que vinha acontecendo. Para ter um leilão de concessão, é um trabalho que demora, às vezes, mais do que dois anos para acontecer. Vai ter um bom investimento e, como teve um conjunto grande de ganhadores – primeiro de gente interessada, depois de ganhadores –, isso nos dá um cheiro de que o próximo leilão que vai acontecer em dezembro e o outro que acontecerá em março vão vir com uma cara boa também”, acrescenta Luiz Fernando Figueiredo, comentarista de economia da CNN.
Com os novos leilões previstos, a expectativa de investimentos ultrapassa os 60 bilhões de reais no setor.
“Não é só a concessão, é o que vem a partir da concessão. E nesse caso, a concessão é uma coisa que o Brasil precisa ampliar o seu investimento, então é ótimo isso estar acontecendo”, finaliza Figueiredo.