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    Americanas diz que contratou consultorias para preservar informações da empresa

    Em comunicado, varejista informou que objetivo é colaborar com investigações; Justiça permitiu ações de busca e apreensão à empresa

    Juliana Eliasda CNN em São Paulo

    A Americanas informou nesta terça-feira (31), em comunicado ao mercado, que, desde o início da crise contábil por que passa, contratou consultorias e perícias para a preservação das bases de dados da empresa, com o objetivo de colaborar com as investigações.

    As informações digitais, de acordo com o comunicado, estão sendo guardadas e registradas.

    O novo comunicado foi levado a público pela varejista depois que, na semana passada, a Justiça autorizou a realização de operações de busca e apreensão aos e-mails de executivos da companhia.

    “A Americanas S.A. vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral (…) que, desde o Fato Relevante publicado em 11 de janeiro de 2023, várias medidas foram implementadas com o objetivo de
    garantir a mais estrita preservação de informações e documentos da companhia, tudo com o objetivo de contribuir plenamente com as apurações em curso e autoridades envolvidas, como, mas não se limitando”, diz a Americanas em seu comunicado.

    Foi na noite de 11 de janeiro que veio a público o primeiro comunicado informando que foram detectados erros contábeis que se desdobravam em um rombo não computado de ao menos R$ 20 bilhões no balanço da empresa.

    “A Companhia, maior interessada no esclarecimento dos fatos, informa que está e sempre esteve à disposição para colaborar com as apurações a cargo das autoridades”, acrescenta o comunicado desta terça-feira, assinado pelo diretor presidente e de relações com investidores, João Guerra.

    Em decisão na semana passada, a Justiça de São Paulo acatou a um pedido do banco Bradesco, um do grandes credores da Americanas, e permitiu as buscas e apreensões a documentos da alto cúpula dos últimos dez anos.

    Na decisão, a juíza Andréa Galhardo Palma, cita que a medida foi adotada diante do risco de destruição de mensagens que podem ajudar a esclarecer o caso.

    “Diante da magnitude do fato e potencial responsabilização individual dos agentes envolvidos nas fraudes suspeitas, é razoável supor que provas relevantes e necessárias para verificar a ocorrência de fatos ilícitos correm risco de perecimento”, cita.

    Pouco mais de uma semana depois do estouro do escândalo, a Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial declarando dívidas que não tem capacidade de pagar da ordem de R$ 40 bilhões.

    Será o quarto maior processo de recuperação já registrado no Brasil.

    Veja a seguir o teor completo do comunicado divulgado nesta terça-feira (31) pela Americanas:

    Em Recuperação Judicial (“Americanas” ou “Companhia”), vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral que, a propósito da medida de apreensão de caixas de e-mail decretada pelo Juízo da 43ª Vara Cível do Foro Central Cível da Comarca da Capital de São Paulo em ação de produção antecipada de provas, informa que, desde o Fato Relevante publicado em 11 de janeiro de 2023, várias medidas foram implementadas com o objetivo de garantir a mais estrita preservação de informações e documentos da Companhia, tudo com o objetivo de contribuir plenamente com as apurações em curso e autoridades envolvidas, como, mas não se limitando:

    1. A contratação do IBPTECH, instituto de perícias forenses liderado pelo Prof. Dr. Giuliano Giova, nacionalmente reconhecido e com atuação em perícias judiciais há mais de 20 anos, e da FTI Consulting, empresa de consultoria internacional, com atuação em trinta países, tendo por objeto a preservação de dados, mediante cópia forense (byte a byte, com geração de código hash com registro em ata notarial por tabelionato de notas), sendo que a FTI Consulting também atuará no mesmo sentido.

    2. A implementação de medidas internas adicionais para proteção de dados e informações, com a contratação, para esta finalidade, da ICTS Security, empresa de consultoria especializada em segurança da informação, sendo reconhecida há 5 anos consecutivos com o selo pró-ética pela Controladoria-Geral da União.

    3. A Companhia, maior interessada no esclarecimento dos fatos, informa que está e sempre esteve à disposição para colaborar com as apurações a cargo das autoridades.

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