Amapá vive expectativa de desenvolvimento com petróleo
Projeto da Petrobras uniu rivais políticos, e pesquisa aponta que população do Amapá defende exploração no estado
- 1 de 9
CNN estreia a série exclusiva “Petróleo na Amazônia”. • Djalma Sena
- 2 de 9
Série sobre a exploração de petróleo na maior floresta tropical do mundo é apresentada pelo analista de política da CNN Caio Junqueira. • Djalma Sena
- 3 de 9
Em maio de 2023, o Ibama indeferiu um pedido da Petrobras para perfurar o Amapá por considerar que não há ainda segurança ambiental suficiente. A estatal aguarda uma análise de um recurso. • Djalma Sena
-
- 4 de 9
Esperança dos moradores do Amapá, um dos estados mais pobres do país, está na geração de empregos e da melhoria da renda na região com a exploração de petróleo. • Djalma Sena
- 5 de 9
A capital Macapá está no topo das piores do país, em termos de saneamento básico. • Djalma Sena
- 6 de 9
Exploração de petróleo no Amapá une adversários políticos. • Djalma Sena
-
- 7 de 9
Prefeito de Macapá (AP), Doutor Furlan (Podemos). • Djalma Sena
- 8 de 9
Governador do Amapá, Célio Luis (Solidariedade). • Djalma Sena
- 9 de 9
Produção de petróleo na Guiana. • Arte CNN
-
O debate público sobre a exploração de petróleo pela Petrobras no estado do Amapá, no norte do país, começou neste ano. No último mês de maio, o Ibama indeferiu um pedido da Petrobras para perfurar o local por considerar que não há ainda segurança ambiental suficiente.
A estatal aguarda uma análise de um recurso.
Enquanto o projeto não tem continuidade, a esperança dos moradores de um dos estados mais pobres do país está na geração de empregos e da melhoria da renda na região.
A capital Macapá, por exemplo, está no topo das piores do país, em termos de saneamento básico. O instituto Trata Brasil mostra, num levantamento feito com base em dados do IBGE, que apenas 10% da população tem acesso à rede de esgoto.
Uma pesquisa Atlas Intel exclusiva para CNN aponta que 36,3% dos moradores da região defendem a exploração de petróleo no Amapá, desde que haja licença ambiental e estudos de impacto. Outros 26% apoiam o projeto sem ressalvas e 18,3% são totalmente contra a exploração.
Edição: Thamires Brito / Produção: Luisa Cerne
União de adversários políticos
A exploração de petróleo no Amapá une adversários políticos.
Para o governador Célio Luis (Solidariedade), o estado tem grande potencial para ser explorado e a vida da população pode melhorar. “A gente vive em um estado que tem os melhores indicadores ambientais do país e talvez do mundo. No entanto, nós temos os piores indicadores sociais e econômicos do país”, afirma.
“Nós queremos manter esses indicadores ambientais como os melhores do país, a floresta mais preservada, o maior número de áreas protegidas, mas nós queremos também que a nossa população, que os indicadores sociais e os indicadores econômicos também possam subir. Nós queremos usufruir desse valor que é a nossa floresta, que são os nossos rios, que é toda essa biodiversidade que nós temos”, acrescenta o gestor.
Para o prefeito da capital, Doutor Furlan (Podemos), “a exploração do petróleo pode ser uma redenção econômica do estado do Amapá. Nós temos nessa aqui nessa mesma margem equatorial a Guiana Inglesa explorando, sendo considerada uma nova Dubai na América da Sul e o Amapá não pode deixar de explorar”.
A possível exploração já mexe com a economia local. Um dos maiores empresários do Amapá já visualiza a ampliação de investimentos no estado.
“A gente ainda depende muito do centro-oeste, do sul, do sudeste. E a gente tem visto que há possibilidade do norte se desenvolver e de ser também estados com potencialidades de riqueza, de geração de emprego, de trabalho”, comenta Jaime Nunes.
No país vizinho da Guiana, onde a exploração de petróleo já é realidade, são extraídos 375 mil barris por dia. Um relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) aponta que a previsão de crescimento do PIB em 2023 é de 38%, decorrentes dessa produção.
A CNN publica nesta semana a série especial Petróleo na Amazonia. Confira aqui as reportagens