Alemanha suspende voos após greve de servidores parar aeroportos de Berlim e Hamburgo
Trabalhadores pressionam por maiores salários para enfrentar o aumento do custo de vida
A ação industrial suspendeu dezenas de voos em dois grandes aeroportos alemães nesta segunda-feira (24), enquanto trabalhadores de segurança e funcionários de serviços terrestres na capital, Berlim, e em Hamburgo realizaram uma greve de um dia devido a salários.
O aeroporto Berlin-Brandenburg cancelou todas as partidas e disse que algumas aterrissagens também seriam afetadas depois que o sindicato Verdi convocou os seguranças para uma greve até meia-noite (horário local). Cerca de 240 voos estavam programados para decolar.
Como em outros países, a maior economia da Europa tem sofrido repetidas perturbações causadas por greves, à medida que os trabalhadores pressionam por mais salários e melhores condições de trabalho para enfrentar o aumento do custo de vida.
Enquanto os trabalhadores do setor público acertaram um acordo salarial com os empregadores em uma disputa separada no fim de semana, trazendo alguma trégua, Verdi anunciou uma nova onda de greves ferroviárias em cinco estados federais para ocorrer na quarta-feira (26).
Funcionários da Aviation Handling Services Hamburg (AHS), que lidam com check-in, embarque e achados e perdidos para várias companhias aéreas, incluindo a Lufthansa no aeroporto de Hamburgo, também convocaram uma greve de 24 horas a curto prazo.
Nem as chegadas, nem os voos operados por outras empresas devem ser afetados, disse o aeroporto de Hamburgo. A AHS deveria lidar com 84 das 160 partidas desta segunda-feira.
Na semana passada, os aeroportos de Düsseldorf, Hamburgo, Colônia-Bonn e Stuttgart foram atingidos por greves.
Ralph Beisel, executivo-chefe da associação aeroportuária ADV, disse que os sindicatos estão levando a extremos absurdos seu direito de realizar greves de advertência antes da arbitragem.
Em uma declaração separada nesta segunda-feira, Verdi anunciou uma greve para 5.000 trabalhadores ferroviários que pressionam por um aumento salarial de 550 euros (cerca de R$ 3.069) por mês.
“Os funcionários e suas famílias foram duramente atingidos pelos recentes aumentos de preços”, disse o negociador do Verdi, Volker Nuss. “É precisa um aumento significativo para absorver os custos crescentes.”