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    Adidas pode registrar primeiro prejuízo anual em 31 anos após ruptura com Yeezy

    Ações da gigante alemã caíram 2,2% pela manhã após a publicação de seus resultados de 2022 e perspectivas para 2023

    Anna Coobanda CNN

    A Adidas alertou que pode sofrer sua primeira perda anual de faturamento em mais de três décadas neste ano, após ter que cancelar toda a linha de roupas e tênis da marca Yeezy, do rapper Ye, anteriormente conhecido como Kanye West.

    A fabricante alemã de roupas esportivas disse, nesta quarta-feira (8), que enfrentaria um prejuízo operacional de US$ 736 milhões este ano – o primeiro em 31 anos – devido a um possível impacto de US$ 527 milhões relacionado a ações não vendidas da Yeezy, e o custo de uma revisão estratégica.

    As ações da Adidas caíram 2,2% pela manhã após a publicação de seus resultados de 2022 e perspectivas para 2023. A empresa rompeu sua lucrativa parceria de nove anos com a Yeezy em outubro.

    A Adidas disse no mês passado que sua receita anual pode cair US$ 1,27 bilhão este ano como resultado direto da divisão, que ocorreu depois que Ye fez uma série de comentários anti-semitas.

    A ruptura derrubou cerca de 600 milhões de euros (US$ 633 milhões) da receita da empresa no quarto trimestre, informou a Adidas.

    Por outro lado, na semana passada, John Mocadlo, presidente-executivo da Impossible Kicks, um grande revendedor online de tênis e roupas de alta qualidade, disse que a demanda pelos sapatos da parceria aumentaram 30% desde outubro passado.

    A Adidas poderia ter um desempenho melhor este ano se “reutilizasse” alguns de seus produtos Yeezy, disse a empresa sem dar mais detalhes.

    ‘Ano de transição’

    A perspectiva sombria para a Adidas segue o que o diretor financeiro Harm Ohlmeyer chamou de “ano decepcionante” para a gigante alemã.

    “Definitivamente não tivemos o desempenho que deveríamos”, disse ele ao apresentar os resultados da empresa na quarta-feira.

    Seu lucro operacional caiu 66% ano a ano, para US$ 705 milhões.

    Embora as vendas globais da empresa tenham crescido 1% no ano passado, ela registrou um declínio anual de 36% nas vendas na China – seu maior mercado único – devido em parte à política de Covid zero no país, agora abandonada.

    A Adidas espera que este ano seja um ponto de virada.

    “2023 será um ano de transição para definir a base para ser novamente uma empresa crescente e lucrativa”, disse o CEO Bjørn Gulden em comunicado no mês passado. “Estou convencido de que com o tempo faremos a Adidas brilhar novamente. Mas precisamos de um tempo.”

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