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    Acordo Mercosul-UE pode gerar até 300 mil empregos no setor têxtil em 10 anos, prevê Abit

    Associação destaca que, com o acordo, serão eliminadas tarifas para 97% de bens manufaturados no comércio entre os dois blocos

    Daniel Tozzi Mendes, do Estadão Conteúdo

    A celebração do acordo entre Mercosul e União Europeia é uma “oportunidade histórica” para o desenvolvimento do Brasil e que pode gerar até 300 mil empregos formais no setor da indústria têxtil e de confecção do País, celebra, em nota, a Abit, associação representativa do setor.

    A Abit destaca que, com o acordo, serão eliminadas tarifas para 97% de bens manufaturados no comércio entre os dois blocos. Isso, diz a associação, tende a aumentar investimentos e puxar para cima a produção do setor no País, além de enfrentar a concorrência de importados no mercado interno.

    “O acordo proporciona uma série de oportunidades, a começar pelo acesso ao mercado consumidor da União Europeia, o segundo maior do mundo, com 500 milhões de pessoas, no universo de um Produto Interno Bruto (PIB) total de US$ 22 trilhões. Isso significa expressivo potencial de crescimento da produção e vendas”, afirmou a associação.

    É em função dessa ampliação no comércio que a associação prevê a criação de 300 mil vagas de emprego no setor pela próxima década. “É concreta, portanto, a perspectiva de aumento e diversificação das exportações do setor para a União Europeia, até hoje restritas pela ausência do acordo. Também haverá melhores condições para o intercâmbio tecnológico, já que o Brasil e a União Europeia têm importantes centros de inovação e pesquisa”, disse.

    A entidade destaca ainda que o maior intercâmbio entre Mercosul e Europa é uma oportunidade para o desenvolvimento da bioeconomia e a geração de energia limpa dentro do setor.

    “O caráter sustentável da produção contempla de maneira ímpar os preceitos da governança ambiental, social e corporativa (ESG). É tudo o que os europeus defendem e exigem cada vez mais de seus parceiros comerciais e fornecedores”, avalia a Abit.

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