Acordo Mercosul-UE diversificará exportações brasileiras, diz CNI
Para a entidade, iniciativa anunciada nesta sexta-feira (6) também cria oportunidades para a indústria do Brasil
O acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul promoverá a diversificação das exportações brasileiras, reposicionando o país no comércio global, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os líderes dos dois blocos econômicos anunciaram a assinatura do acordo nesta sexta-feira (6)
“Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria, o acordo traz como potenciais benefícios a diversificação das exportações, a ampliação da base de parceiros comerciais e o fortalecimento da competitividade do Brasil em nível global”, diz a entidade em nota.
Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, o acordo cria oportunidades para fortalecer a indústria brasileira. Com a abertura do mercado europeu, aproximadamente 97% das exportações industriais brasileiras a União Europeia devem ter tarifa zero, assim que o acordo entrar em vigor.
“Além de diversificar nossas exportações e ampliar a base de parceiros comerciais, elevando o acesso preferencial brasileiro ao mercado mundial de 8% para 37%, o acordo trará uma inserção internacional alinhada com a agenda de crescimento inclusivo e sustentável, o que é essencial para garantir ganhos econômicos e sociais de longo prazo, e reforçar a competitividade global do Brasil”, diz Alban em nota.
A CNI avalia também que a iniciativa terá impacto na criação de empregos. Em 2023, a cada R$ 1 bilhão exportado para o bloco europeu, foram criados 21,7 mil empregos no território brasileiro.
“Ao estabelecer uma das maiores áreas de integração econômica do mundo, abrangendo um mercado de mais de 750 milhões de consumidores, com participação de 17% da economia global e 30% das exportações mundiais de bens, o acordo criará bases para integrar a economia brasileira a cadeias de valor de forma mais robusta e competitiva”, diz a CNI.