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    Ações podem se manter instáveis nos EUA mesmo após acordo para o teto da dívida

    Investidores podem achar que retornos de aplicações em títulos do Tesouro são melhores do que em papéis

    Elisabeth Buchwaldda CNN , Nova York

    Há uma expectativa de que o mercado de ações suba depois que a Casa Branca e os republicanos da Câmara chegaram a um acordo provisório para aumentar o teto da dívida, mas os mercados podem ter outros planos.

    O mercado de ações, em sua maioria, tem ignorado os graves riscos associados ao calote da dívida dos Estados Unidos. Mesmo que o Congresso aprove um projeto de lei para aumentar o teto e o presidente Joe Biden o assine, pode levar meses até que as ações e outros mercados financeiros avancem.

    “Uma das preocupações que tenho é que, mesmo no período que antecede um acordo, quando ele ocorre, pode haver problemas substanciais no mercado financeiro”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, na semana passada.

    “Estamos vendo apenas o começo disso”, afirma, referindo-se à volatilidade do mercado de ações e títulos nos últimos dias.

    Impacto imediato no mercado com acordo do teto da dívida

    Se os mercados conseguirem o que desejam – sem inadimplência da dívida – eles terão que se preparar para uma jornada potencialmente difícil logo após a assinatura de um acordo.

    O Tesouro precisará repor o dinheiro que consumiu durante o período de medidas extraordinárias, quando não pôde tomar mais empréstimos.

    Isso criará mais competição por ações dos investidores, disse Michael Reynolds, vice-presidente de estratégia de investimento da Glenmede.

    Depois de avaliar suas opções, muitos investidores podem achar que os retornos de aplicações em títulos do Tesouro dos EUA são melhores do que em ações. Isso sugará temporariamente alguma liquidez do mercado de ações, explica.

    Uma retrospectiva da crise do teto da dívida de 2011

    Em 2011, os legisladores chegaram a um acordo sobre o aumento do limite da dívida poucas horas antes do calote dos Estados Unidos. Dois dias depois, a Standard & Poor’s rebaixou a dívida dos Estados Unidos pela primeira vez na história.

    Demorou dois meses para que as ações recuperassem as perdas decorrentes do rebaixamento e da liquidação inicial que antecederam a chamada data X, quando o governo não tem mais capacidade de cumprir todas as suas obrigações financeiras.

    A história poderia se repetir?

    “Não seria surpresa se o padrão de 2011 se repetisse novamente”, disse George Mateyo, diretor de investimentos do Key Private Bank.

    Embora ele não espere que uma grande agência de crédito rebaixe a nota da dívida dos EUA antes ou depois que um acordo para aumentar o teto da dívida seja alcançado, ele disse que o atual impasse pode levar a uma grande perda de confiança no sistema financeiro americano.

    É por isso que ele está antecipando a volatilidade do mercado por meses, mesmo quando um acordo é fechado.

    “Só porque aumentamos o limite da dívida, não estamos fora de perigo”, afirma Mateyo à CNN.

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