Ações do BC contra coronavírus equivalem a 16,7% do PIB, diz Campos Neto


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, informou nesta segunda-feira (23), em coletiva de imprensa online que as medidas para garantir liquidez no Sistema Financeiro Nacional (SFN) já equivalem a 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB) ou a R$ 1,2 trilhão. Ainda segundo ele, na crise de 2008, a atuação da autoridade monetária representou apenas 3,5% do PIB.
“O que já foi feito e o que está sendo anunciado hoje representa o maior plano de liquidez de capital da historia do pais”, comentou. Ele garantiu que o sistema do BC é sólido e está bem capitalizado. “Vamos atravessar essa crise com facilidade”, afirmou.
Na visão dele, a autoridade monetária se adiantou com as medidas, o que facilita e melhora as ações no atual momento “Existia um anseio do mercado de porque tanta medida de liquidez, acho que agora fica claro que o BC estava vendo que era importante manter a liquidez no mercado e que esse tema poderia ser mais importante lá na frente, como vemos agora”, disse.
Campos Neto destacou que que a linha de atuação do BC nessa crise têm sido em três eixos:
1-) Injeção de nova liquidez
2-) Direcionamento da liquidez
3-) Estabilidade do sistema financeiro
Segundo ele, novas medidas estão sendo consideradas e poderão ser anunciadas caso a crise econômica, decorrente dos impactos do coronavírus, se agrave. “O arsenal que BC tem hoje é muito grande para combater qualquer tipo de crise”, reforçou.
Campos Neto destacou que, com todas as medidas, a intenção é passar tranquilidade para o mercado, mostrando que o BC está disposto a prover o incentivo que for necessário para a superação da crise, no momento ideal. “O Banco Central está absolutamente tranquilo e o sistema financeiro nacional vai funcionar perfeitamente”, afirmou.
Entre as medidas que estão em elaboração, o presidente do BC adiantou que está em estudo uma nova liberação de compulsório; um mecanismo para o direcionamento do crédito, com maior eficiência, para pequenas e médias empresas, e o empréstimo com lastro em Letra Financeira, garantidas operações de crédito. Esta última tem o potencial de liberar até R$ 670 bilhões na economia.