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    Queda de 6,4% do PIB representa um cenário pessimista, diz presidente do BC

    O presidente da autarquia também destacou que mesmo com os juros baixos, a meta de inflação não foi abandonada pelo BC

    Anna Russi, , do CNN Brasil Business, em Brasília

    O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que, mesmo com a atualização da projeção oficial para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) com queda de 6,4%, a equipe da autoridade monetária vê o cenário econômico com um viés mais otimista. “Essa nova previsão se baseia no cenário base, mais pessimista. Já vemos sinais de que a atividade está aumentando. A queda pode ser menor do que isso”, afirmou. 

    Além disso, o presidente da autarquia também destacou que mesmo com os juros baixos, a meta de inflação não foi abandonada pelo BC. “Ao contrário do Copom (Comitê de Política Monetária) anterior, que tinha uma visão mais pessimista, o nosso viés hoje é otimista. De forma alguma a meta foi abandonada ou está sendo vista de forma diferente.”

    Segundo ele, com a sinalização de que o espaço para uso contínuo da política monetária com corte de juros é incerto e pequeno, o BC procura passar a mensagem de que a política monetária já está estimulativa.

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    “De um lado temos a parte do distanciamento social gerando poupança preventiva. Do outro temos medidas de estímulos. Isso gera uma assimetria e procuramos colocar os dois lado nas mensagens: falar sobre o balanço de risco e sobre as assimetrias”, disse.

    Ele participou de coletiva de imprensa virtual, nesta quinta-feira (25), para comentar os dados divulgados pelo Relatório Trimestral de Inflação (RI). Na avaliação dele, as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, respectivamente, de tombo de 9,1% e 8%, são “bastante pessimistas”. 

    O diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, também destacou que um dos principais fatores de influência na queda do PIB é a redução do consumo, como consequência do fechamento do comércio. “No caso dos serviços, hotéis e restaurantes foram muito afetados. No caso do consumo, a venda de bens duráveis foi afetada de forma brutal. Uma melhora desses indicadores reduz o tamanho da queda do PIB”, observou. 

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